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UÉ: Chef Pedro Mendes do Narcissus Fernandessi, em Vila Viçosa, participou no Jantar Km0

Chef Pedro Mendes/Alentejo Màrmoris

Promovendo a “gestão sustentável dos recursos energéticos”, estimulando a produção local, valorizando o agricultor e preservando a biodiversidade, o projecto Km0, lançado em Évora, tenta contrariar este estado de coisas.

No âmbito da iniciativa Km0 Alentejo, a Universidade de Évora organizou um Jantar Km0 (com produtos de origem local), no antigo refeitório do Colégio Espírito Santo.

A confecção ficarou a cargo dos Chefes de cozinha Filipe Ramalho, Filipe Rebocho, João Narigueta, Joaquim Saragga, Luís Baena, Pedro Mendes, Ricardo Elvas, Susana Nonato e Vasco Ferreira. 

Foi um jantar com mais de trinta pratos, que mostrou tudo o que é possível fazer com produtos da região. Segundo avançou o Jornal Público, Filipe Ramalho, do Páteo Real em Alter do Chão, trouxe, por exemplo, um “niguiri alentejano” com migas de batata-doce e “sashimi” de toucinho de porco preto; Filipe Rebocho e João Narigueta, do Híbrido, em Évora, trabalharam uma variedade antiga de cebola roxa de Montemor numa tarte; Joaquim Saragga Leal da Taberna de Santo Humberto, também em Évora, apresentou uma deliciosa sopa da pedra.

Do Narcissus Fernandessi, em Vila Viçosa, veio o chef Pedro Mendes que, entre outras coisas, serviu uma cabeça de xara com vinagrete de uvada e beldroegas e um gaspacho com tosta de bolota e poejo; Vasco Ferreira, do Ecork Hotel (Évora), fez profiteroles de abóbora hokkaido com requeijão e manjericão. E Ricardo Elvas, do Vauban (restaurante/escola hoteleira de Évora), trouxe um pastel de massa tenra de frango do campo com maionese de cebola roxa, enquanto a sua colega, a chef pasteleira Susana Nonato, criou quatro sobremesas usando ingredientes tão distintos como bolota do montado, requeijão, abóbora, figos da Índia, framboesas e calêndula.

O Km0 Alentejo é uma iniciativa que tem vindo a fazer o seu caminho desde 2016, no concelho de Évora, dinamizado pelo MED da Universidade de Évora em parceria com instituições como a Câmara Municipal de Évora, o NERE – Núcleo Empresarial da Região de Évora, o Turismo do Alentejo – ERT, a Fundação Alentejo – EPRAL, a Associação Comercial da Região de Évora, a Slow Food Alentejo e a GESAMB – Gestão Ambiental e de Resíduos, EIM.

Com o objetivo de encurtar a distância entre os produtores e os consumidores dos produtos agroalimentares produzidos na região Alentejo, definiu-se, com apoio da entidade certificadora CERTIS, um referencial que define regras que nos garantam esta proximidade em todos os pontos da cadeia de valor.

Desta forma, a certificação Km0 Alentejo define que entre produtores e consumidores finais não distem mais do que 50 Km em linha reta. No caso dos restaurantes certificados Km0, estes terão de disponibilizar diariamente pelo menos um menu completo Km0. Ao debruçar-se sobre toda a cadeia de valor, desde o produtor, passando pelo transformador, lojas/distribuição e restauração (coletiva e comercial), o Km0 Alentejo apresenta uma perspetiva do sistema alimentar como um todo e, por isso, a capacidade de aproximar os vários pontos da cadeia, e de fazer um trabalho conjunto e mais direto entre quem compra e quem produz.

Tendo esta iniciativa o objetivo de abranger toda a Região Alentejo, e o potencial para ser replicado noutras regiões, deu-se início à sua implementação na cidade de Évora, aproveitando a dinâmica de turismo que aqui se tem feito sentir. O turista que nos visita é um turista exigente, que procura autenticidade e aquilo que de mais genuíno existe nesta região, nomeadamente, receitas e produtos locais, bem como as especialidades únicas da nossa gastronomia. É um turista que também tem preocupações com a sustentabilidade e o impacto das suas atividades sobre as regiões que visita.

O Km0 Alentejo pretende assim promover e dinamizar o desenvolvimento económico e social deste território, bem como a produção sustentável e com baixo impacto sobre o sistema.

Fonte: Nota de imprensa/Público
 

 

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