A Associação Académica do Instituto Politécnico de Portalegre vai realizar a tradicional cerimónia da Queima das Fitas no próximo sábado, dia 2 de outubro, depois de dois anos letivos de interrupção devido à pandemia da covid-19.
A Rádio Campanário falou com o presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Portalegre, Tiago Camarão.
Questionado sobre o que estava perspetivado para a queima das fitas de 2021, Tiago Camarão refere que “nós no sábado vamos dar as boas vindas à tradicional Queima das Fitas do Politécnico de Portalegre,” revelando que é “um evento diferente dos anos anteriores,” acrescentando que esta Queima das Fitas “conta com os finalistas que terminaram nos anos 2019/2020 e 2020/2021, não só os que terminaram agora nos últimos meses mas também quem já terminou no ano passado”. Para este evento, segundo o presidente da Associação Académica, “vamos contar com 200 finalistas com cerca de 1400 acompanhantes,” sendo que “cada um pode levar 7 acompanhantes, entre amigos e familiares.” Tiago Camarão exclareceu ainda que “vamos ter um evento onde as normas de segurança vão ser seguidas à risca, temos um plano de contingência muito exigente imposto pela Delegada de Saúde e pela Unidade de Saúde Pública aqui de Portalegre e, acima de tudo, era isso que nós queríamos.”
Sobre o evente ser realizado num período diferente do habitual, Tiago Camarão refre que “não quisemos fazer o evento na altura normal, sabíamos que não tínhamos condições para isso, sabíamos que estávamos numa altura ainda muito instável, apesar de ser da vontade dos finalistas nós tivemos que contrariar um bocadinho essa vontade, e assim fazer um evento mais descansados e sobretudo mais seguro.”
Questionado sobre o local onde vai decorrer a Queima das Fitas 2021Tiago refere que “o evento vai decorrer no Estádio Municipal de Portalegre, ao contrário das outras queima das fitas onde a entrega das pastas é feita nas respetivas escolas.” Este ano vai ser “tudo realizado no Estádio Municipal, e as portas do Estádio vão estar abertas a partir das 7h da manhã. Das 7h às 9h30 é feita a entrada, ás 9h30 fazemos a entrega das pastas, às 11h a tradicional bênção, a missa com o padre do Politécnico, o Padre Marcelino, e, da parte da tarde, será feita então a queima das fitas, num evento em que todos vão ter que apresentar certificado digital à entrada e também um teste negativo realizado há menos de 48h, para poder entrar.”
“Todos aqueles que vão entrar no estádio já tiveram que fazer uma prévia inscrição para todos os dados ficarem connosco, para um eventual surto que poderá aparecer”, acrescentando que ” não é isso que nós queremos e temos a certeza que o evento que vamos apresentar no próximo sábado é um evento seguro e que tudo vai decorrer dentro da normalidade.”
Questionado sobre como foi sendo o presidente, durante estes últimos meses, gerir as emoções e expectativas dos estudantes e se foi difícil lidar com isto, Tiago Camarão refere que “foi um bocadinho difícil.” “Eu neste cargo que desempenho, e em tudo aquilo em que me meto, gosto muito de me colocar no lugar do outro e pensar e tentar prever aquilo que os outros estão a sentir, e foi isso que também tentei fazer,” acrescentando que “estar na Associação Académica e fazer um evento desta dimensão com tantas pessoas, também temos que pensar um bocadinho a forma como vamos fazer e de que forma vamos fazer e quando é que o iriamos fazer,” neste caso “tive que pensar um bocadinho do lado de fora,” revelando que “tive que pensar que estamos numa cidade relativamente pequena, uma cidade que não tem muita gente, que tem comércio e que há muitas pessoas que vivem dos estudantes, e por isso, os estudantes não podiam estar de forma alguma aliados a um retrocesso na fase de confinamento.” Em conclusão Tiago Camarão refere que “não queríamos mesmo ,de forma alguma, que o evento fosse realizado e que por algum surto pudesse resultar um atraso na entrada de uma nova fase de desconfinamento em Portalegre.”
Só foi decidido fazer a Queima das Fitas depois de se saber” que era um evento seguro e com todas as normas, e um evento também digno para os alunos, não fazia sentido para nós realizar um evento sem familiares e sem acompanhantes, isso não passava de todo pelas nossas ideias.”
Sobre os finalistas destes dois anos letivos, Tiago Camarão revela que “alguns não podem estar nesta altura, muitos deles já estão a trabalhar nesta altura e é por isso que não estão cá, arrisco-me a dizer que a larga maioria deles, não sendo de Portalegre e também já não tem casa, cá ter que vir e voltar outra vez para a cidade de origem no próprio dia, é um bocadinho complicado.”
Segundo o presidente da Associação “não fazia para nós sentido não realizar a Queima das Fiitas, fazia sim sentido realizar numa altura mais segura e dar um evento digno tanto para os finalistas como para os seus acompanhantes, e isso vai acontecer e não tenho duvidas algumas que no final deste evento o esforço da associação vai valer a pena.”
Questionado sobre, como representante dos alunos , qual era o sentimento com que partia para esta Queima das Fitas, Tiago Camarão refere que ” é um sentimento de querer sempre fazer mais” revelando que “é uma pena que, eu dou-lhe um exemplo, o evento é realizado precisamente no fim de semana onde vamos entrar numa nova fase de desconfinamento, ainda assim, este evento vai ter que ser todo pautado com normas da fase em que ainda estávamos a viver até à noite de hoje,” frisando que “podia haver abertura para mais, podia haver facilidade por parte das autoridades de saúde, porque a logística é bastante exigente, as coisas vão estar muito bem organizadas.”
“Mesmo sabendo que esta Queima das Fitas vai ser diferente de todas as outras, por um lado ainda pautada pelas normas e por outro uma queima das fitas onde vãos ter condições totalmente diferentes onde vamos ter os familiares mais perto dos finalistas que também vão estar no relvado, vamos ter uma composição gráfica com led Wall, vai ser um evento digno, um evento único para os finalistas,” destaca Tiago Camarão.
Segundo a máxima é melhor que nada, mas sabe a pouco…, Tiago concorda e refere “queríamos mais, mas não houve essa abertura, também a nível financeiro a associação não vive os melhores tempos, a cidade não nos ajudou muito nesse sentido, e também é fruto desta fase em que vivemos, os patrocínios não foram os esperados, mas estamos cá, estamos na luta e não tenho dúvidas que o evento vai ser muito digno.”