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Évora: Caminhar no Aqueduto da Água da Prata…uma experiência única num monumento único!

Caminhar no Aqueduto da Água da Prata, em Évora, vai ser possível já em Abril do próximo ano!

O evento está agendado para dia 10 de abril e vai permitir ficar a conhecer uma parte importante do traçado do Aqueduto da Água de Prata, a mais importante obra hidráulica do Séc XVI  e monumento nacional que trazia água desde as nascentes do Divor até à cidade de Évora, passando  ainda pelo Alto de São Bento, um antigo povoado pré-histórico e um miradouro natural sobre a cidade de Évora. Mais um evento a não perder!

O Aqueduto da Água de Prata, conhecido também por Aqueduto da Água da Prata ou Aqueduto da Prata é uma complexa obra de engenharia hidráulica renascentista com o objectivo de abastecer a cidade de Évora com água. Inaugurado no ano de 1537, foi edificado no reinado de D. João III e projectado e construído pelo arquitecto régio Francisco de Arruda. O aqueduto transporta água desde nascentes situadas na Graça do Divor, dentro dos terrenos do Convento São Bento de Castris, que “têm o seu primeiro principio na Herdade das Figueiras de Lobo”, até à cidade de Évora percorrendo cerca de 18 km. É parte integrante do Centro Histórico de Évora.

O Aqueduto da Água de Prata foi a mais importante obra hidráulica construída em Portugal no séc. XVI e está classificada como Monumento Nacional.

No que diz respeito ao Alto de S. Bento é o grande miradouro natural sobre a cidade, a nascente, e sobre uma das paisagens melhor conservadas dos arredores de Évora, a poente. Em todo o cimo do cabeço, têm sido recolhidas, desde o século XIX, evidências de um povoado pré-histórico, cuja fase mais antiga remonta aos inícios do Neolítico regional (há cerca de 7000 anos) e cuja ocupação se prolongou, pelo menos, até aos inícios do Calcolítico (há cerca de 5000 anos).

Trata-se de um verdadeiro povoado “megalítico”, no sentido em que foi ocupado durante todo o período em que, na região, foram construídos os menires e as antas, e também porque, originalmente, no local, existiam, muito provavelmente, grandes afloramentos graníticos, entretanto muito reduzidos pela exploração de pedreiras. No caso do Alto de S. Bento podemos, com propriedade, falar nas origens mais antigas da cidade de Évora.

A caminhada passará ainda pelo Convento de S. Bento de Cástris, erigido sobre uma singela ermida dedicada a S. Bento, construída em 1169, o Convento cisterciense de São Bento de Castris, uma das mais antigas casas religiosas femininas em Portugal, remonta ao século XIV, tendo a igreja sido consagrada no ano de 1328. O atual templo acusa vestígios da herança românica, gótica, mudéjar, manuelina e barroca, tendo, no entanto, as principais intervenções ocorrido no reinado de D. Manuel, período em que este foi substancialmente alterado sob a égide dos nobres da Casa dos Almeidas. Esta vasta casa religiosa, erguida no sopé do Alto de São Bento (miradouro da cidade de Évora), ficou assinalado na história da crise dinástica de 1383-1385. À época era abadessa do Mosteiro D. Joana Peres Ferreirim, dama da família da Rainha Leonor Teles, a quem o povo chamava a Aleivosa. Segundo a crónica de Fernão Lopes, a abadessa, que se escondera na Catedral, durante os tumultos da revolução do Mestre de Avis, foi depois arrastada pela multidão e morta na Praça do Giraldo.

A caminhada passará então pelos seguinte locais:

– Aqueduto da Água de Prata

– Alto de São Bento

– Miradouro

– Convento de São Bento de Crastis

– Ecopista

– Arcaria do Séc. XVI

– Évora

– Paisagens naturais

A concentração para a caminhada ocorrerá no Parque de Estacionamento junto à Arcaria do Aqueduto, em Évora, pelas 9h30m de dia 10 de abril.

A caminhada é composta por uma distãncia de 15 kms e as inscrições estão abertas até às 16h30 do dia anterior à realização do evento, mediante o pagamento d eum valor de 8 euros.

 

 

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