O Auditório do Palácio de Dom Manuel I, Évora, recebeu hoje, dia 5 de novembro, o 3º Encontro Nacional de Cuidadores Informais. O evento, organizado pela Associação Nacional de Cuidadores Informais, teve como público alvo: cuidadores informais e formais, profissionais, ministérios e representantes de diferentes entidades ao nível da Saúde, Autarquias, social ou cidadãos com interesse no tema.
O Estatuto do Cuidador Informal (ECI) foi um dos pontos altos da iniciativa, que contará com a presença do Presidente da República.
A rádio campanário marcou presença neste encontro e falou com a Presidente da Associação dos Cuidadores Informais, Liliana Gonçalves, que começou por nos referir “que a associação é de âmbito nacional e que este é o terceiro encontro realizado”
Questionada sobre o porquê da escolha de Évora adiantou “nós queremos descentralizar e sensibilizar os territórios porque a política de apoio ao cuidador informal pretende que seja descentralizada e, portanto, nós temos que dar esse exemplo.”
A escolha do Alentejo, e neste caso Évora é precisamente “para se poder chegar a outros territórios e contámos com o apoio do Município de Évora para toda a operação logística.”
Questionada se deste encontro tinha saído alguma ideia que possa ajudar a impulsionar as reivindicações por parte dos cuidadores, a Presidente da associação referiu “nós ainda não temos a resposta por parte da regulamentação dos cuidadores a nível nacional” acrescentando no entanto que “a Secretária de estado da área social, Drª Rita Mendes, trouxe hoje aqui um conjunto de novas propostas que estão em cima da mesa e que o governo pretende implementar, pelo que esperamos que cheguem ao terreno e que não passem apenas neste período de maior agitação política, esperamos que não sejam apenas promessas.”
A responsável pela associação adiantou-nos ainda a existência de alguns critérios “o que permite que mais cuidadores possam ter acesso” lamentando, no entanto que “muito embora esta medida chegando em termos nacionais não chega a todos os cuidadores pois continuamos com muitos critérios de exclusão, quer da pessoa cuidada, quer do cuidador.”
Relativamente aos cuidadores existentes no distrito de Évora, Liliana Gonçalves refere “ não conseguimos falar em particular do distrito porque as estatísticas são a nível europeu apesar de se estimar que a nível nacional existam 827 mil cuidadores informais” acrescentando no entanto que, de acordo com o estudo apresentado hoje pela Universidade de Évora, com dados preliminares e que vão no sentido de “fazer uma maior importância e um maior estudo sobre a realidade de Évora.