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Ministro afirma que plantação de eucaliptos no Alentejo não vai aumentar

O ministro do Ambiente e Ação Climática afirmou esta terça-feira que haverá uma redução da área de eucaliptal em Portugal e não um aumento, como acusaram várias associações ambientalistas.

Segundo o ministro, a ideia de que a área de eucalipto vai aumentar “é falso, simplesmente falso. Nenhuma portaria altera uma lei e não é preciso saber muito para saber isto. O que a portaria vai fazer é dizer, em cada município, onde é que podem ser plantados eucaliptos”, afirmou João Pedro Matos Fernandes aos jornalistas em Glasgow, onde está a participar na cimeira do clima das Nações Unidas (COP26).

Segundo noticia o Jornal Público, na edição de hoje, o Governo estaria a preparar a publicação de um diploma que prevê a plantação de mais de 36 mil hectares de eucalipto, distribuídos por 126 concelhos, o Alentejo vai ser a zona do país mais atingida por este aumento da plantação desta árvore, com mais 4.427 hectares.

No concelho de Odemira é onde serão plantadas mais áreas de eucaliptos, 3 149 hectares que se vão somar aos preexistentes, passando de 31 mil hectares para quase 35 mil.

Além de Odemira, Alcácer do Sal terá mais 739 hectares, e Grândola verá um incremento de 539 hectares de eucaliptal.

Recorde-se que, em 2017, depois dos grandes incêndios, a Assembleia da República proibiu a criação de novas áreas de eucalipto. Para 2030, a Estratégia Nacional para as Florestas definiu que a espécie não pode ocupar mais do que 812 mil hectares de terreno em Portugal. Ainda assim, o mais recente levantamento já apontava para os 845 mil hectares.

Também numa carta aberta citada pelo Público, várias organizações ambientalistas repudiam o que consideram ser a intenção de aumentar os limites máximos das áreas de eucalipto por concelho, exigindo que seja aplicado o ajuste à meta máxima prevista na lei para 2030.

O pedido consta de uma carta aberta assinada pela Acréscimo, Climáximo, Fapas, Geota, LPN, Quercus e Zero e dirigida ao secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território.

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