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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

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Exposição no Paço Ducal de Vila Viçosa mostra a “proximidade com últimos reis de Portugal”, diz Diretor do Museu Nacional do Azulejo (c/som e fotos)

Intitulada “Jorge Colaço e a Azulejaria Figurativa do seu Tempo”, foi hoje inaugurada a exposição patente no Paço Ducal de Vila Viçosa, que pretende dar uma “perspetiva histórica” do autor e da sua “proximidade com a Casa Real, os últimos reis de Portugal”, disse à Rádio Campanário o Diretor do Museu Nacional do Azulejo, Alexandre Pais e Constança Azevedo.

A mostra estará patente até 22 de abril e é organizada pela Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo), Museu-Biblioteca da Fundação Casa de Bragança e Direção-Geral do Património Cultural – Museu Nacional do Azulejo. Em conjunto com esta exposição, foi também lançado um roteiro das obras do autor existentes no Alentejo.

Alexandre Pais e Constança Azevedo começou por explicar que Jorge Colaço é “um autor que acabou por ficar um pouco esquecido”, pois “a determinada altura era considerado um autor muito conservador e muito ligado a uma ideia de nacionalismo, que começou a ser pouco valorizada”, apesar de ser conhecia a extensão da sua obra, como o exemplo “da Estação de S. Bento, no Porto, o Palácio Hotel do Buçaco, ele tem de facto muita importância e a maioria das pessoas passa pelas Estações de Comboio, onde há painéis de azulejos dele”, contudo, apesar dessa presença “no nosso quotidiano, era pouco valorizado ou reconhecido”.

Assim, “na sequência de uma tese de doutoramento de Cláudia Emanuel Franco dos Santos, que fez uma tese sobre Jorge Colaço e nós aproveitámos essa tese para fazer a exposição”.

Desta forma, constatando uma presença da obra do artista em todo o país, inclusive nas ilhas, o diretor do Museu explica que “tivemos sempre esta disponibilidade para trazer a exposição a outros locais”, sempre com o intuito de “adaptar o tema a cada local”.

Neste âmbito, “tivemos o convite da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) para fazermos cá a exposição, rapidamente também se associou o Paço Ducal de Vila Viçosa, e então planeámos retirar da exposição mãe, alguns elementos”, tanto “em Évora” como “outros aqui para o Paço Ducal”. Portanto, “quem viu uma exposição não está a ver a mesma exposição”, mas sim “interpretações diferentes”, explica.

Em Vila Viçosa, a exposição debruça-se “muito mais sobre a relação histórica e a proximidade com a Casa Real, os últimos reis de Portugal”.

Ao mesmo tempo, “a DRCA criou um roteiro para que quem viaje aqui pelo Alentejo poder ver obras de Jorge Colaço no Alentejo”, tendo inclusive “uma área em branco no final desse roteiro, para as pessoas descobrirem alguns novos painéis” e dessa forma “comunicarem aos investigadores”. Funcionando também como “um desafio”, pois “nós não estamos a fazer produtos fechados”.

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