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Elas mandam na cozinha: 9 chefes que estão a dar cartas no País. Uma é alentejana, saiba quem é!

Foto: Ana Brigida

De nomes conceituados aos que começam a dar que falar, traçámos o perfil de nove chefes de cozinha à frente de restaurantes, de norte a sul do País, dados a conhecer pela Visão.

Criatividade e vontade de ir mais longe não faltam a estas mulheres. Uma dela é alentejana!

3. Ana Moura: Raízes alentejanas

Lamelas é o apelido do avô materno de Ana Moura, 37 anos, e é também o nome que escolheu para o seu restaurante, inaugurado em maio passado, em Porto Covo, na costa alentejana. “É uma homenagem que lhe faço. Aqui, se eu disser que sou a Ana Moura, ninguém me conhece. Sou a neta do Lamelas”, afirma a chefe nascida em Lisboa. Em 2020, com a pandemia, Ana trocou a capital por umas “férias forçadas” naquela terra à beira-mar, que visita, todos anos, desde pequena. “Vim para descansar, nunca pensei abrir um restaurante.”

No Lamelas, com uma varanda virada para a baía e perfumada pela maresia, usa, essencialmente, o peixe da lota de Sines, comprado no mercado de Porto Covo. “Foco-me na cozinha da região e nos seus sabores, o que não significa que não use técnicas de outras paragens. O meu Alentejo sabe a ensopado de borrego e a açorda, dois pratos que sirvo no restaurante”, explica Ana, que esteve na Cave 23, em Lisboa, passou pelo três Estrelas Michelin Arzak, no País Basco, e ainda pela Bacalhoaria Moderna. A açorda é feita com pregado, outras vezes com linguado. Já o gaspacho é acompanhado com peixe curado, a lembrar o salgado do presunto, com que normalmente é servido. “Tento usar peixe, o máximo possível, tanto nas entradas como nos pratos principais.” A abrótea, uma espécie comum na região, é servida com amêijoas e molho verde, tradicional no País Basco mas que o paladar associa igualmente à sopa de cação. “É engraçado ver como as cozinhas portuguesa e espanhola se tocam.” Ali, servem-se as duas à mesa, embora em doses diferentes.

Ao restaurante Eleven, onde trabalhou ao lado do chefe Joachim Koerper, seguiram-se cinco anos em Espanha, destacando-se a formação no Arzak, no País Basco. Em Lisboa, esteve à frente do restaurante Cave 23 e da Bacalhoaria Moderna (já encerrada). No Lamelas, em Porto Covo, serve sabores e produtos alentejanos.

Lamelas > R. Cândido da Silva, 55A, Porto Covo > T. 92 406 0426 > qua-dom 12h30-15h, 19h30-23h30

Para além de Ana Moura, a lista integra as chefes:

Justa Nobre (O Nobre > Av. Sacadura Cabral, 53B, Lisboa > T. 21 797 0760 > seg-sex, dom 12h30-15h30, 19h30-22h30, sáb 19h30-22h30);
Marlene Vieira (Zunzum Gastrobar > Terminal de Cruzeiros de Lisboa, Doca do Jardim do Tabaco, Lisboa > T. 21 050 0347 > qua-dom 17h-23h);
Marcella Ghirelli (Comida Independente > R. Cais do Tojo, 28, Lisboa > T. 21 395 1762 > qua-sex 10h-18h, sáb-dom 10h-17h);
Noélia Jerónimo (Noélia & Jerónimo > Av. Ria Formosa, 2, Cabanas de Tavira > T. 281 370 649 > seg-ter, qui-dom 12h30-15h, 18h30-22h);
Lara Espírito Santo (Sem > R. das Escolas Gerais, 120, Lisboa > T. 21 886 0399 / 93 950 1211 > ter-sáb 19h-24h);
Angélica Salvador (In Diferente > R. Dr. Sousa Rosa, 23, Porto > T. 91 103 3315 > ter-sáb 12h30-15h, 19h30-22h30, dom 12h30-15h);
Paula Peliteiro (Sra. Peliteiro > Quinta da Barca, Esposende > T. 93 643 8384 > ter-sáb 10h-22h30, dom 10h-18h);
Tânia Durão (Atrevo > R. Morgado de Mateus, 32, Porto > T. 96 822 6456 > seg, qui-dom 19h30-22h30).

Com https://visao.sapo.pt/

 

 

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