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Escola de Hotelaria de Portalegre reúne o mundo dos vinhos de São Mamede (c/fotos)

 A Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre reuniu produtores, enólogos e vários agentes relacionados com o mundo da vitivinicultura para discutirem as peculiaridades e o potencial dos vinhos da Serra de São Mamede. “Portalegre, a Serra e os Vinhos” foi o nome dado à iniciativa que a escola organizou e que serviu para valorizar e potenciar estes ativos produzidos a partir de vinhas velhas de altitude em solos de transição, conforme nota de imprensa enviada à nossa redação.

Pela primeira vez, e a convite da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, o mundo dos vinhos da Serra de São Mamede reuniu-se para partilhar experiências e conhecimentos. Estes são muito particulares por resultarem de uma simbiose de fatores que lhes garante características únicas e que têm um potencial por explorar muito elevado.

Nesta primeira edição do “Portalegre, a Serra e os Vinhos, houve duas mesas redondas. A primeira foi sobre “Vinhos de Altitude, Vinhos de Solos de Transição e Vinhos de Vinhas Velhas” e contou com participantes como o produtor de vinho, João Afonso, o enólogo e produtor de vinho, Rui Reguinga, o consultor de vinicultura, José Luís Marmelo, Diogo Vieira, da adega Altas Quintas, e João Gabriel, da Adega de Portalegre Winery.

Na sessão da tarde, que teve como tema “O potencial gastronómico dos vinhos de altitude”, contou com os contributos da produtora de vinho, Susana Esteban, de Luís Cabral de Almeida, da Sogrape, de João Azevedo Mendes, da Symington Family Estates, e de Paulo Soares, da Herdade da Malhadinha Nova.

No final, ficou claro que as características dos vinhos de São Mamede são únicas e têm um valor inestimável e que ainda há muito trabalho a trilhar para aproveitar todo o potencial em causa. Esta reunião contribuiu, de alguma forma, para que os diversos agentes estejam sintonizados em prol de um objetivo comum que é o de valorizar o valor acrescentado que estes vinhos têm.

Além disso, nas conversas que aconteceram em “Portalegre, a Serra e os Vinhos”, foram vários os intervenientes que defenderam a necessidade de criar uma zona demarcada da Serra de São Mamede porque os vinhos que ali se produzem são originais. Por outro lado, os agentes valorizam, essencialmente, a qualidade emprestada pelas vinhas velhas e sentem que é necessário potenciar um nicho de negócio que tire partido das micro-produções com origem na serra.

Para a Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, “esta iniciativa foi realizada porque a escola não é apenas uma instituição de formação e de educação. Faz também parte da sua génese promover o capital local e regional. A escola faz este trabalho de várias formas, mas neste caso em particular, o evento serviu para agregar vontades e promover uma cooperação entre várias entidades e organizações para que os vinhos de São Mamede saiam valorizados”, afirmou a diretora da instituição, Maria Conceição Grilo. “Acreditamos que esta iniciativa foi muito bem conseguida porque pela primeira vez reunimos vários agentes com interesses nesta área para que acrescentar valor a um bem tão interessante como é o vinho, em particular, o da sub-região Portalegre”, acrescentou.

Para o presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Portalegre tem de aproveitar a oportunidade e capitalizar o potencial em torno dos seus vinhos, numa tarefa que exige um esforço conjunto de todos os envolvidos. “Ligar o vinho de Portalegre a uma perspetiva e um cenário de sustentabilidade é fundamental e uma oportunidade única. É algo que os consumidores estão ávidos de receber. Alguns estudos de mercados internacionais dizem que 66% dos consumidores estão predispostos a pagar mais por um produto, se esse produto tiver alguma validação como produto sustentável. Portalegre pode ter aqui uma vantagem enorme, com um enorme potencial da serra de São Mamede, rica em diversidade de fauna e de solos. Vejo aqui representantes das maiores empresas nacionais que, na minha perspetiva, deviam juntar-se para falar sobre o perfil de vinho que Portalegre tem para oferecer, colaborarem e conseguirem posicionar os vinhos de Portalegre de uma forma diferenciada.”

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