Comemoram-se hoje 381 anos da Restauração da Independência de Portugal.
Um golpe de estado ocorrido a 1 de dezembro de 1649, chefiado por um grupo chamado de Os Quarenta Conjurados, que se alastrou por todo o reino, originado pela revolta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do reino de Portugal pela governação da Dinastia Filipina Castelhana.
Foram 120 os conspiradores que, na manhã de 1 de Dezembro de 1640, invadiram o Paço da Ribeira, em Lisboa, para derrubar a dinastia espanhola que governava o país desde 1580. Miguel de Vasconcelos, que representava os interesses castelhanos, foi morto a tiro e atirado pela janela.
O golpe terminou com a instauração da quarta Dinastia Portuguesa, a Casa de Bragança, que reinou em Portugal de 1640 a. 1910 e com a aclamação de D. João IV.
Foi o messianismo Bragantino que acabou por ser utilizado para legitimar a ascensão de D.João IV baseado na lealdade dos nobres e na dinastia que descendia de D. Manuel.
D. João IV, apelidado de O Restaurador, foi Rei de Portugal e Algarves de 1640 até à sua morte, e Duque de Bragança de 1630 e 1645. Foi o líder da Guerra da Restauração pela reconquista e reconhecimento da independência de Portugal do controlo de Espanha.
A autonomia portuguesa foi finalmente conseguida após sessenta anos de União Ibérica (1580-1640).
Ainda assim, restauração da independência só seria reconhecida pelos Espanhóis 27 anos depois, com a assinatura do Tratado de Lisboa.
Recorde-se que este feriado nacional, a partir de 2013, como parte de um pacote de medidas que visavam aumentar a produtividade, foi eliminado pelo governo português. No entanto, a comemoração da Restauração da Independência Portuguesa foi retomada como um feriado no ano de 2016.