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Expansão do complexo industrial da Repsol é “um projeto âncora” para o país, diz Governo

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, considerou a expansão do Complexo Industrial de Sines (Setúbal) da Repsol, cujos contratos de cedência de terrenos foram esta sexta-feira assinados, “um projeto âncora” para o país.

“É um projeto âncora para Sines e é um projeto âncora para o país”, disse o governante, acrescentando que este é um projeto que “vale 800 milhões de euros diretos à balança comercial, por aumento de exportações e por diminuição de importações”.

O secretário de Estado da Internacionalização falava à agência Lusa, em Sines, à margem da assinatura dos contratos entre a aicep Global Parques e a Repsol para a aquisição do direito de superfície de mais 51 hectares e a reserva de direito de superfície de mais 23 hectares, na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).

“É um projeto de modernização de petroquímica que para nós é muito importante pelo impacto que naturalmente tem nos postos de trabalho. Este projeto vai prolongar a vida desta unidade que é uma das mais antigas da ZILS e vai fixar e acrescentar postos de trabalho qualificados”, realçou.

Segundo o governante, os dois contratos permitem “vislumbrar novos projetos”, em particular “na zona de reserva” virados para a economia circular.

“Hoje consolidamos um ‘pipeline’ de investimento em Sines, na Repsol, de 760 milhões de euros, com a clara perceção que poderemos somar, no futuro próximo, projetos diferentes, mais centrados na produção de polímero reciclável e de soluções de último destino de resíduos sólidos urbanos”, realçou o governante.

Estas soluções permitem evitar “atirar para aterro uma parte substantiva do nosso lixo, mas bem pelo contrário ter um final que permita ter uma reutilização, em particular na produção de gases e na produção de energia”, frisou.

A cerimónia de assinatura dos contratos contou ainda com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba.

Em comunicado, a Repsol revelou que cerca de 38 hectares são para expansão do seu complexo industrial neste concelho do litoral alentejano, somando-se aos 143 hectares que a empresa já ocupa.

“Foram ainda reservados 23 hectares para futuros desenvolvimentos, alinhados com a estratégia de descarbonização e transição energética da Repsol”, disse a empresa. Com esta expansão, a taxa de ocupação da ZILS vai subir para “72%, com 274 hectares ocupados”, acrescentou.

Em 13 de outubro, numa sessão presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, a Repsol assinou com o Governo um contrato de investimento de 657 milhões de euros para o Complexo Industrial de Sines, a que correspondem incentivos fiscais de até 63 milhões.

Este projeto, classificado como de Potencial Interesse Nacional (PIN) e apontado com “o maior investimento industrial da última década”, contempla a construção de duas novas fábricas, uma de polipropileno e outra de polietileno linear.

Cada unidade “terá uma capacidade de produção de 300.000 toneladas por ano, com o início de laboração prevista para 2025”, indicou a Repsol. “Os novos produtos são 100% recicláveis e podem ser utilizados para aplicações altamente especializadas, alinhadas com a transição energética nas indústrias farmacêutica, automóvel ou alimentar”, destacou.

O investimento de 657 milhões de euros em Sines prevê a criação de 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos, também de acordo com a Repsol.

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