A Comissão Política distrital do PS reuniu, no dia 4 de dezembro, em Évora para aprovar a lista de candidatos às próximas eleições legislativas pelo círculo de Évora.
Assim a Comissão Política Distrital de Évora do PS aprovou o nome do ex-ministro e atual deputado Luís Capoulas Santos para voltar a encabeçar a lista socialista por este círculo eleitoral.
A rádio Campanário esteve presente e falou com Luís Capoulas Santos que começou por nos referir “eu tenho uma história de algum tempo já no Partido Socialista, mas sempre com a minha região, o meu distrito no coração e no centro das preocupações.”
O agora candidato socialista adiantou ainda “hoje aqui nesta reunião foram elevados tantos objetivos que foram alcançados, que eram em cada momento considerados objetivos impossíveis e que, paulatinamente, todos eles foram sendo conseguidos.”
Para Luís Capoulas Santos, “a história das sociedades é uma história infindável e quando um objetivo se cumpre é necessário que outros valores e outras bandeiras se levantem” acrescentando “ainda temos muitos problemas por resolver, que carecem de um país com uma governação estável num contexto que, em termos de pandemia, pensávamos que nesta altura estaria mais controlada e que agora se agrava no mundo inteiro e em Portugal com novos constrangimentos para as pessoas, com novas condicionalismos para a economia e portanto é neste contexto que temos que dar volta que temos que continuar para que o país cresça.”
Aponta como prioridades “defender o emprego, e tentar sobretudo o rendimento das famílias , não só do salário mínimo, que foi uma batalha que travamos e na qual conseguimos avanços ainda que os valores alcançados sejam bastante limitados mas temos que dar resposta às classes médias num país em que o nível de qualificação das pessoas deu um salto tão grande nestes anos” sublinhando “ o aumento das qualificações aumenta também as expectativas e essas expectativas têm de ser satisfeitas com melhores condições de vida só possíveis com aumento dos rendimentos mas esses só são possíveis com o crescimento da economia.”
Para o candidato socialista “é esta equação tão difícil que temos que reunir a nível do país, mas para que isso aconteça é necessário que haja um governo estável, que tenha condições para governar sem estar permanentemente sujeito a sobressaltos como aquele que agora aconteceu com o orçamento de estado e que voltou a paralisar o país.”
Para os candidatos do PS agora apresentados, como refere o cabeça de lista “a expetativa é que, feito o balanço destes dois últimos anos de governação que foram abruptamente interrompidos por um ato que tenho dificuldade em qualificar, ainda que possa compreender, há que retomar o ritmo e o rumo que o país vinha a traçar obviamente corrigindo alguns erros porque na governação também se comentem erros.”
Esta candidatura aponta como grandes metas a atingir “cumprir o que falta deste nosso programa” acrescentando “o maior objetivo de todos já conseguimos: o Hospital Central do Alentejo felizmente a obra está adjudicada e está agora numa fase de desenvolvimentos é processo que queremos continuar e ver a sua realização” garantindo “o financiamento está encontrado, há um prazo para cumprir que salvo erro é 2023 e estão reunidas todas as condições para que isto aconteça.”
Do programa eleitoral destaca ainda “há outras obras que faziam parte do nosso programa de 2019 que era o investimento em regadio com um valor semelhante ao do hospital, cerca de 200 milhões de euros. Dois ou três blocos desse regadio que já estão concluídos serão inaugurados hoje e creio que estão para ser lançados os blocos que faltam em Reguengos de Monsaraz.”
No que diz respeito a grandes investimentos públicos refere “aquilo que era o nosso programa de 2019 ou está executado ou está em execução “realçando “creio, contudo que os objetivos futuros não são tanto de natureza material, não se traduzem tanto em investimentos de betão, mas em investimentos na economia: combater a desertificação, o rejuvenescimento da população no nosso distrito, a criação de emprego e a criação sobretudo de emprego qualificado que é aquilo que pode fixar os jovens.”
Questionado sobre se o panorama político atual, com alterações nas últimas autárquicas com o PS a perder algumas câmaras que eram bastiões, como é o caso de Reguengos de Monsaraz, faz com que a conjetura de arranque para esta seja diferente, Luís Capoulas Santos refere “ o PS perdeu algumas câmaras e ganhou outras de igual ou superior dimensão” acrescentando “ os concelhos onde o ps perdeu são democraticamente menos relevantes que aquele que ganhou, ou seja Estremoz e Montemor.”
Para Luís Capoulas Santos “o ponto de partida não é igual, houve uma alteração mas o Ps manteve seis municípios no distrito e deixou de ter alguns municípios menores para ter municípios maiores” acrescentando “ mas estamos conformados com isso e estamos a refletir sobre as razões que levaram a essas alterações porque de facto, houve um movimento telúrico, digamos um deslizamento, que fez com que os município do PS caíssem para a direita e que alguns municípios do PCP ciassem para o PS.”
Ainda assim, o candidato esclarece “mas isto são eleições autárquicas recordando o que aconteceu em 1982, altura em que houve eleições autárquicas e legislativas com 15 dias de diferença e os resultados de uma não tiveram nada a ver com o resultado das outras” acrescentando “os cidadãos estão hoje mais esclarecidos e sabem fazer a distinção entre o que é fazer escolhas para a governação do país e o que é fazer escolha para o seu município ou para a sua freguesia ainda que, naturalmente, todos os atos eleitorais têm de ser lidos, compreendidos e se erros forem cometidos têm de se fazer tudo para que eles não se repitam mas isso é aplicável a todas as forças políticas.”