A empresa portuguesa InnoWave abriu em Beja um centro tecnológico centrado nas áreas de consultoria e desenvolvimento de produtos e soluções de cibersegurança e ‘Internet das Coisas’, prevendo contratar mais de 50 pessoas nos próximos três anos.
Em comunicado hoje divulgado, a tecnológica portuguesa InnoWave, do Grupo InnoWave, refere que o ‘hub’ (centro) tecnológico vai “reforçar e suportar” atividades de investigação e desenvolvimento aplicadas à criação de produtos e soluções de cibersegurança e ‘Internet das Coisas’ (IoT – ‘Internet of Things’, em inglês).
Também vai “incorporar, de forma integrada”, os projetos e soluções de duas empresas do grupo, nomeadamente da Dark Clarity (de cibersegurança) e da ViGIE (de IoT – conceito relativo à interconexão de objetos do quotidiano com a Internet).
A criação do ‘hub’ em Beja vai “implicar o reforço das equipas de consultoria tecnológica e a contratação de novos recursos” e, por isso, a empresa prevê “contratar mais de 50 pessoas nos próximos três anos”.
Segundo o presidente executivo da InnoWave, Tiago Gonçalves, citado no comunicado, a empresa, com a aposta em Beja, pretende “apoiar o interior do país e contribuir para o desenvolvimento mais equilibrado do território português”.
A empresa também “quer criar uma rede maior de escritórios nas geografias onde está presente, para que os seus trabalhadores possam trabalhar mais próximos do local onde querem residir, sem terem de abdicar de projetos interessantes”.
A InnoWave indica que “pretende promover e aumentar a relação entre as empresas e o mundo académico”, através do ‘hub’ e de uma “estreita colaboração” com o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral e a Câmara de Beja.
A ligação entre as empresas e o mundo académico “tem de ser cada vez mais próxima. A realidade mostra que a maioria dos grandes projetos e ‘startups’ nasceu nos meios académicos e Portugal está entre os melhores, tanto no universo académico, como no da inovação tecnológica”, sublinha.
“Só assim conseguimos inovar, partilhar conhecimento, ganhar novas competências, desenvolver as melhores soluções, estar mais próximos do nosso talento”, argumenta Tiago Gonçalves.
De acordo com o presidente executivo da InnoWave, o IPBeja “tem o melhor mestrado em Cibersegurança do país,focado na componente ofensiva e outro em IoT”.
Por isso, Tiago Gonçalves diz ter “a certeza de que irão nascer grandes projetos” da parceria entre o ‘hub’ e o IPBeja.
Segundo o coordenador do Laboratório UbiNET – Segurança Informática e Cibercrime do IPBeja, Rui Silva, também citado no comunicado, o ‘hub’ “é muito relevante” para aquela instituição de ensino superior, para a região, para o desenvolvimento tecnológico e para a própria InnoWave.
O ‘hub’ também vai promover a atratividade do IPBeja a novos estudantes nas áreas das novas tecnologias e potenciar o desenvolvimento regional com a criação dos mais 50 postos de trabalho e estimular a cooperação entre estudos avançados e a indústria de inovação, considera Rui Silva.
Com 13 anos de história e sede principal em Portugal, o Grupo InnoWave apresenta-se como “um ‘player’ global de excelência em tecnologias avançadas”, empregando cerca de 400 colaboradores em todo o mundo.
O grupo tem mais de 100 clientes globais localizados em mais de 20 países e escritórios em Portugal, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Estados Unidos da América e Índia.
C/Lusa