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Câmara de Portalegre aprova orçamento pela primeira vez desde 2018

O orçamento da Câmara de Portalegre, a rondar os 30 milhões de euros, foi hoje aprovado em reunião ordinária do executivo municipal, situação que não ocorria desde 2018.

Este município alentejano tem sido gerido por duodécimos, na sequência de sucessivos chumbos dos orçamentos, nos anos anteriores, tendo prevalecido o documento de 2018, no valor de 19,3 milhões de euros, mas com algumas correções, levando em conta as receitas de cada ano em vigor.

Na reunião de hoje do executivo camarário, cuja transmissão ‘online’ foi acompanhada pela agência Lusa, o orçamento para 2022 foi aprovado, graças aos votos favoráveis dos três eleitos do PSD/CDS-PP, que governam a autarquia, e dos dois vereadores do movimento Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), com duas abstenções dos eleitos do PS.

A presidente do município, Fermelinda Carvalho, eleita nas autárquicas de setembro, lamentou a “falta de tempo” para poder preparar um orçamento mais pormenorizado e com mais projetos ‘em carteira’.

“Este, se calhar, não é o orçamento que eu gostaria, mas não digo que não me revejo nele”, disse.

Em 2022, a autarca espera continuar a desenvolver várias obras que ‘herdou’ do antigo executivo liderado pela CLIP, como a reabilitação do antigo edifício dos Paços do Concelho, as obras que estão a decorrer na Quinta da Saúde ou a ampliação da Zona Industrial de Portalegre.

Fermelinda Carvalho alertou ainda que “um terço” do orçamento é para pagar os salários dos trabalhadores do município e uma outra fatia, também a rondar “um terço”, destina-se a “gastos gerais”, como a eletricidade, água, resíduos sólidos ou combustíveis.

A autarca prometeu ainda que vai cumprir com os compromissos assumidos pelo anterior executivo, lamentando não ter mais verbas disponíveis para poder “cabimentar” uma parte dos projetos que tem planeados.

O vereador do PS Luís Moreira Testa justificou a abstenção dos dois eleitos do partido alegando que desconhece a estratégia que o novo executivo tem para Portalegre.

“Não podemos acompanhar um orçamento que não faz qualquer menção, não tem qualquer palavra, não tem qualquer projeto para o desenvolvimento económico do concelho”, afirmou.

Do lado da CLIP, apesar dos dois votos favoráveis, o vereador João Nuno Cardoso considerou que “falta mais ambição” no documento.

“Falta-lhe [ao orçamento] o levantar da fasquia, mas, apesar disso, decidimos votar favoravelmente e viabilizá-lo porque tem espelhado o nosso programa”, disse.

Numa anterior reunião do executivo municipal já tinha sido votado favoravelmente o orçamento dos Serviços Municipalizados de Águas e Transportes (SMAT) de Portalegre para 2022, superior a 5,8 milhões de euros.

O orçamento da Câmara de Portalegre para 2022 vai ser apreciado e votado, no dia 27, na reunião da Assembleia Municipal de Portalegre, composta por 10 eleitos da coligação PSD/CDS-PP, nove da CLIP, oito do PS e um da CDU.

C/Lusa

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