O militar André Ribeiro, de 38 anos, foi expulso da Guarda Nacional Republicana (GNR) por ter agredido imigrantes nepaleses em Almograve, Odemira
Foi ontem publicado em Diário da República o Despacho (extrato) n.º 12644/2021 onde pode ler-se “Aplicação de pena disciplinar de separação de serviço ao guarda André Filipe de Castro Ribeiro da Guarda Nacional Republicana.- Por despacho de Sua Excelência o Ministro da Administração Interna, de 30 de novembro de 2021, foi aplicada ao Guarda n.º 2100391 – André Filipe de Castro Ribeiro, do Comando Territorial de Beja, a pena disciplinar de separação de serviço, nos termos da competência que lhe é conferida pelo artigo 43.º e pelo Quadro Anexo B, ambos do Regulamento de Disciplina da Guarda Nacional Republicana (RDGNR), “
André Ribeiro, de 38 anos, o único dos cinco militares da GNR do Destacamento Territorial de Odemira condenado a prisão efetiva por agressões e sequestro a imigrantes nepaleses, foi expulso da Guarda, segundo um despacho do anterior Ministro da Administração Interna.
Recorde-se que Andrá Ribeiro é um dos cinco militares condenados por agressões a emigrantes nepaleses em 2018, mas foi o único a receber pena de prisão efetiva — outros três tiveram apenas penas suspensas.
Conforme notícia avançada pelo JN, o militar, a cumprir pena de prisão no Estabelecimento Prisional Militar de Tomar, foi detido em conjunto com os outros quatro guardas no dia 8 de maio de 2019 pela Polícia Judiciária de Setúbal, tendo ficado em prisão domiciliária.
Foi condenado em 30 de julho de 2020, recebendo uma pena, em cúmulo jurídico, de seis anos de prisão por um crime de violação de domicílio, dois de ofensas à integridade física e dois de sequestro.
O caso remete a 30 de setembro de 2018, depois de um jantar no restaurante Mar Azul, em Almograve, em que estiveram presentes cerca de 25 indianos. Os cinco militares foram apontados como tendo acedido à residência de trabalhadores desta nacionalidade, na localidade vizinha de Longueira, e agredido e transportado sob coação alguns para a zona do restaurante.
André Ribeiro foi o único condenado a pena efetiva, no entanto, todos os militares visados foram suspensos de funções. Os arguidos recorreram para o Tribunal da Relação de Évora, que manteve todas as decisões da 1ª Instância, mas mandou reintegrar os quatro militares com pena.
Fonte: Jornal de Notícias/DR