Tal como a Rádio campanário já tinha noticiado, a Assembleia Municipal de Vila Viçosa aprovou no passado dia 27 de dezembro, na sua quarta sessão ordinária, a municipalização da Estrada Nacional 254, que liga Bencatel a Vila Viçosa através do acordo de mutação dominial entre o Município de Vila Viçosa e a Infraestruturas de Portugal, relativamente à integração na rede viária do Município, do troço da estrada 254, que liga Bencatel a Vila Viçosa, encerrada desde janeiro deste ano.
Desta forma, passa para o domínio do município o troço do Km 0,783 e o Km 9, 645 desta estrada, com uma extensão total de 8,862 Kms.A Infraestruturas de Portugal vai, para este efeito, pagar à autarquia calipolense o valor 450.000,00 euros, com iva em autoliquidação.
A Rádio Campanário acompanhou esta sessão da Assembleia Municipal e falou com Inácio Esperança, Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa sobre este tema.
O Autarca, após a referida aprovação ainda que acompanhada de alguns receios por parte da oposição, questionado se também acompanhava estes receios, em declarações à Rádio Campanário referiu ”também tenho receio, todos temos” acrescentando “a tarefa do político é decidir.”
Ainda assim, Inácio Esperança refere que esta não “é a situação ideal” sublinhando que o desejável era que “o estado não tivesse feito ao longo dos anos o que fez” acrescentando “o estado que recebeu as rendas, que recebeu os impostos, ter olhado de outra forma para a exploração de pedreiras junto às estradas nacionais, o que não aconteceu, e agora a solução que teve foi fechar.”
O autarca calipolense sublinhou ainda a este propósito “com este fecho prejudicou-se gravemente as populações.”
Inácio Esperança reforça “a nossa tarefa enquanto autarcas é resolver os problemas das populações”. Sobre a proposta já existente, do anterior executivo, acrescenta o edil “já se viu que não se ia a lado nenhum pois estávamos desde fevereiro num impasse que a Infraestruturas de Portugal não era capaz de resolver.”
O autarca esclarece ainda “tentámos com as entidades locais, com as empresas , com os empresários, com a DGEG, com a CCDR Alentejo arranjar soluções” sublinhando “temos as soluções, agora queremos implementá-las e por isso este acordo foi aprovado e o protocolo assinado.”
“Obviamente que tenho receios porque o grande objetivo é fazer uma variante que custa 2,7 milhões de euros e tem 3,11 quilómetros e esse é que é um empreendimento grande e que corre riscos de não se conseguir fazer” sublinhou o autarca calipolense.
Adianta no entanto “vou lutar tudo para o conseguir fazer” . O presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa justifica que é necessário fazê-lo para “resolver o problema da população de Bencatel que merece isso.”
Para este desígnio, conforme refere, “conto com o apoio de todos aqueles que quiserem apoiar, de empresários que estão disponíveis para darem o seu contributo, conto com o apoio da IP com o seu saber, com a CCDR Alentejo e com as instituições.”
O Autarca adiantou ainda que já está a ser “revisto o PDM para que a construção desta variante seja possível” acrescentando “espero em fevereiro ter o corredor rodoviário pronto e desafetado do domínio de exploração das pedreiras com autorização da DGEG e da CCDR Alentejo.”
A partir daqui, salienta “é fazer o projeto, começar a obra e prepará-la com os fundos que temos e candidatando alguns” assegurando “temos que fazer essa obra”.