Mais do que um turismo rural, o Agroturismo Xistos, na Herdade Monte da Ponte, em Beja, “é um modo de estar” em contacto com a natureza e aberto à comunidade.
Arquiteta, agricultora florestal e empresária turística, Paula Conduto Mira diz que é “um pouco das três”, ou não fosse uma mulher fazedora e multifacetada. Em mãos tem múltiplos projetos, em áreas como a inovação social, a ciência e o desenvolvimento de produtos turísticos, mas é a biodiversidade desta herdade de 400 hectares que a motiva profundamente.
Quando quis criar um agroturismo, colado ao Parque Natural do Vale do Guadiana e em plena Reserva Ecológica Nacional, disseram-lhe que a ideia era uma loucura, mas em boa hora o fez, com ajuda do pai. O objetivo, diz, é divulgar o “Alentejo genuíno e escondido”, sensibilizando as pessoas para a urgência de preservar a sua rica fauna e flora. Todo o projeto é, por isso, autossuficiente.
Paula e a equipa guiam os hóspedes em passeios pela paisagem mediterrânica de montado (podendo observar javalis, raposas e lontras), e convidam a fazer jogos sobre biodiversidade e caças ao tesouro, ou tão-só andar de bicicleta.
“Não temos restaurante, mas servimos refeições rápidas e piqueniques e os nossos clientes não se vão embora sem antes assistir ao pôr do sol”, assegura.
Na herdade também produzem gado ovino e bovino em regime extensivo, mel e cultivam uma horta.
Fonte: Evasões