Um antigo professor de Ameiras do Incenso, Grândola, que teve prejuízos de dezenas de milhares de euros numa exploração vitivinícola e em materiais agrícolas numa vaga de 42 fogos rurais que varreram o lugar entre julho e outubro de 2015, foi agora condenado pelo Tribunal da Relação de Évora a três anos de prisão, suspensa por igual período, e 25 mil euros de indemnização.

Em causa está a prática de três crimes de perseguição à família que todos apontavam como incendiários mas que acabou absolvida em tribunal.

A família em questão chegou mesmo, a ser detida pela PJ e um deles posto com pulseira eletrónica. De acordo com o tribunal da Relação de Évora,  entre 2015 e 2017 o arguido, “convicto da culpabilidade nos incêndios dos aqui ofendidos, decidiu importunar de forma repetida e continua, de modo a atemorizá-los e a coartar a liberdade daqueles”.

Segundo refere o acórdão da Relação, há episódios de disparos de caçadeira para o ar, rondas à casa dos suspeitos, esperas e ameaças: “Se as autoridades não o fazem, eu vou fazer justiça pelas minhas próprias mãos. Eu arranco-te essa cabeça a tiro, a ti e à tua família”.

As vítimas da perseguição são os pais e um filho, que chegou a estar em prisão domiciliária por suspeita de atear os fogos rurais.

Fonte: Correio da Manhã