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Sábado, Novembro 23, 2024

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“É óbvio que o agravar e a não cobertura pelo Estado, de pelo menos, os índices de inflação, nos coloca a nós, dificuldades acrescidas para colaborarmos com o Estado”, declara Manuel Lemos (c/som)

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos declarou à Rádio Campanário, que as Misericórdias têm uma postura de cooperação e colaboração com o Estado, “mas não nos queremos substituir (…) no sentido do que são as competências públicas do Estado, podemos substitui-lo quando o Estado, por uma razão ou por outra, não consegue cumprir algumas das obrigações que tem, mas isso deve ser sempre feito em cooperação”.

Manuel Lemos expressa que nesta mudança de Governo “o Partido Socialista tem grandes responsabilidades na constituição do Estado Social em Portugal e aí temos tido uma relação diferente, porque também é diferente o modo de governar, mas aberta e extremamente colaborativa, não há qualquer motivo de menor aceitação e menor relacionamento com o ministro da tutela, temos tido a melhor relação”.

Instado sobre as últimas declarações proferidas à Rádio Campanário onde se mostrou preocupado com o novo imposto sobre os produtos petrolíferos, e o peso na sustentabilidade das Misericórdias, refere que “é obvio que o agravar e a não cobertura pelo Estado, de pelo menos, os índices de inflação, nos coloca a nós, dificuldades acrescidas para colaborarmos com o Estado (…) é obvio que o agravamento dos combustíveis nos preocupa e está a preocupar, mas não é só isso, há outras questões que têm a ver com esta situação económica que nós vivemos há alguns anos e que também nem é da responsabilidade deste Governo nem do Governo anterior. Portugal viveu assim nos últimos anos e isso representa para as Misericórdias uma dificuldade acrescida em cumprir a sua missão”.

Questionado sobre o esforço das Misericórdias em implementarem, cada vez mais, um grande número de valências, assinala que “é uma forma de colaborar com o Estado (…) aqui no Alentejo tem sido muito evidente porque as Misericórdias estão unidas, estão fortes na sua determinação de servir e é natural que vamos desempenhando algumas funções que o Estado, ou nos pede a nós, ou não é capaz de fazer (…) gostava de deixar bem claro que não fazemos isso à revelia do Estado nem sem o Estado saber, nem para assumirmos os poderes que cabem ao Estado porque esses a responsabilidade não é nossa é do Estado e é preciso que isso fique bem claro”.

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