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Serpa: Arqueólogos descobrem sepultura que pode ser a mais antiga da Época Romana

Foto: Serpa Terra Forte

Durante a requalificação de uma rua no centro de Serpa, um grupo de arqueólogos encontrou um esqueleto humano enterrado, sendo talvez a sepultura “mais antiga” na época Romana.

Será o enterramento “mais antigo” e “o primeiro” da época romana ou da Antiguidade Tardia detetado na área urbana de Serpa, disse hoje à agência Lusa Miguel Serra, arqueólogo da Câmara de Serpa, no distrito de Beja.

O esqueleto foi descoberto numa zona da Praça da República, no passado dia 13, durante uma escavação das obras da Rua dos Fidalgos, que tem acompanhamento arqueológico assegurado pelo município por decorrer no centro histórico, precisou.

“Até há bastantes dúvidas sobre o que Serpa seria em época romana, porque não era uma cidade”, frisou, referindo que seria, talvez, “uma estalagem que ficaria junto a uma estrada e depois terá evoluído para um pequeno povoado”.

Segundo Miguel Serra, para já, os arqueólogos não podem “datar com maior precisão” o enterramento, porque estava numa “cova simples” e não tinha qualquer objeto ou oferenda associados a uma época mais precisa.

O facto de a sepultura ter uma cobertura em telha romana é o “único” detalhe que permitiu datá-la do final do período Romano ou do início da Antiguidade Tardia, apontou.

Parte do crânio e um dos membros inferiores foram cortados, mas o resto do esqueleto está “bem conservado”, precisou.

Miguel Serra disse que a antropóloga municipal Sónia Ferro já conseguiu verificar que o esqueleto é de “um jovem do sexo masculino, com pouco mais de 20 anos”, e que “não tinha qualquer patologia fora do comum”, nomeadamente fraturas ou deficiências nos ossos.

A causa da morte deverá ter sido uma doença, “por ter morrido tão jovem”, mas “nada que se consiga identificar através dos ossos”.

Por ter sido encontrado só um esqueleto, os arqueólogos “não podem afirmar categoricamente se se trata de um espaço de cemitério ou de um enterramento isolado”.

C/Lusa

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