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Estudo serológico no Alentejo revela que 6 meses depois, só 17% dos vacinados com Janssen têm anticorpos

A Universidade de Évora realizou em outubro de 2021, um inquérito serológico à população de Pavia, no concelho de Mora, com o objetivo de conhecer o nível de anticorpos encontrados ao fim de seis meses da vacinação completa.

O estudo, conduzido por Carlos Sinogas, professor do departamento de Ciências Médicas e da Saúde da Universidade, aponta que a imunidade baixa em termos significativos nos utentes vacinados com a Janssen. “Passados seis meses, se não tiver havido Covid, nós temos só 17% de pessoas com anticorpos. Se tiver havido Covid, são 71% das pessoas que ainda têm anticorpos.”

Em declarações à TSF, Carlos Sinogas refere que no caso da AstraZeneca, seis meses após a segunda dose, já só 50% das pessoas mostram ter anticorpos.

No que diz respeito à vacina da Pfizer, seis meses após a segunda dose, cerca de 80% das pessoas mostram ter anticorpos. 

Deste estudo participaram cem pessoas, e Carlos Sinogas explica que o estudo consiste em perceber a eficácia das diferentes tecnologias das vacinas: “se pusermos as vacinas por ordem, se quisermos, faria o ranking: Moderna, Pfizer, AstraZeneca e Janssen”, refere Carlos Sinogas, que, por outro lado, garante preferir a tecnologia mRNA. “Se me pedir recomendações para vacinar pessoas amanhã, eu digo: ‘Esqueça as vacinas de DNA, utilize as vacinas de RNA.'”

Com base neste estudo, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, explica que, “de facto, o número de anticorpos que são vistos hoje antes dos seis meses [após a vacinação] são de 86%”, mas este estudo realizado no Alentejo coloca esse número a rondar os 70%.

C/TSF

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