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Centros de Saúde do Alentejo Central com consultas de saúde oral. Projeto-piloto deverá estender-se a outras necessidades (c/som)

Começaram a ser introduzidas de forma faseada consultas de saúde oral nos centros de saúde, numa primeira fase dirigida a utentes mais vulneráveis e a partir de 2017 a todos os utentes inscritos.

No âmbito da Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARS Alentejo), as experiencias realizam-se no ACES Alentejo central, designadamente nos centros de saúde de Montemor-o-Novo e Portel.

Em entrevista à Rádio Campanário, José Robalo, presidente da ARS Alentejo, declara que foram definidos dois centros de saúde do Alentejo, “porque há custos envolvidos, nós quisemos assumir esses custos e não transferi-los para as unidades locais, pelo que o projeto-piloto vai centrar-se no distrito de Évora, em Montemor e Portel”.

Para as consultas começarem a funcionar é necessário que haja “o equipamento específico que envolve RX, equipamento utilizado habitualmente pelos médicos dentistas”.

Sobre a forma como se faz a referenciação para esta consulta, José Robalo expressa que “é através do médico de família, ou seja, ele envia os doentes para estas consultas de saúde oral”.

Relativamente aos critérios de prioridade, o presidente da ARS Alentejo, diz que está a ser pensado “que as primeiras pessoas a receberem este tipo de tratamento, sejam as pessoas que têm patologia crónica e que necessitam de mais algum cuidado em relação à saúde oral, e os critérios de prioridade que estamos a pensar desenvolver, têm a ver exatamente com isso, pessoas que têm patologia crónica e que necessitam de mais algum cuidado em relação à saúde oral, e os critérios de prioridade que estamos a pensar desenvolver, têm a ver exatamente com isso, pessoas que tenham patologias crónicas, em que problemas de saúde oral possam comprometer a sua estabilidade e o seu equilíbrio em termos de resposta às necessidades dessa patologia especifica”.

Acrescenta que pretende-se que essa forma de referenciação “deixe de existir a partir do momento em que comece a haver uma resposta alargada à população desde que deixemos de ter tantas pessoas com patologias crónicas a necessitarem de resposta, e portanto será para a população em geral mais tarde, mas sempre com uma orientação do médico de família”.

Questionado sobre se existe a possibilidade das consultas virem a ser alargadas a outros centros de saúde, José Robalo refere que no projeto-piloto será experimentado “como é que as coisas se desenvolvem, como correm e quais são as redes de distribuição que devemos implementar para que possam progredir para outros centros de saúde, particularmente para aqueles que fazem parte dos ULS”.

Instado, diz que o projeto encontra-se neste momento na fase “de terminar o licenciamento do RX que tem que ter um licenciamento próprio e estamos na fase final desse licenciamento e estamos também a concluir o concurso para médicos dentistas e para assistentes de médicos dentistas, porque a equipa é constituída por duas pessoas”.

José Robalo diz ainda que o projeto não inviabiliza o projeto que já existe, “o cheque dentista que envolve as crianças, idosos e grávidas. Esse projeto continua a manter-se até conseguirmos ter uma resposta adequada às necessidades de toda a família”.

Numa primeira fase, que decorre até 31 de dezembro deste ano, têm acesso a consultas de saúde oral os doentes portadores de diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e os transplantados, inscritos nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) onde decorrem as experiências piloto.

Na segunda fase, a partir de 1 de janeiro de 2017, em função da avaliação das necessidades não satisfeitas e dos tempos de espera, pode o projeto ser alargado a todos os utentes inscritos nos referidos ACES, de forma faseada e progressiva, dependendo da referenciação pelo médico de família.

 

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