Os produtores de leite do Norte do país manifestaram esta terça-feira uma “preocupação a médio prazo” com a seca que se tem feito sentir na região, alertando que tal pode vir a ter “um forte impacto no setor”.
Para já, a falta de chuva ainda não está a ter consequências na alimentação dos animais, uma vez que estão a ser usadas as forragens de milho e erva armazenadas no ano anterior, mas há apreensão sobre o desenvolvimento das próximas culturas, que servirão de alimento para o futuro.
O secretário-geral da APROLEP, Carlos Neves, refere que “se vivêssemos apenas de pastagens, como quem tem rebanhos, já estaríamos a sentir. Mas a maioria dos nossos produtores trabalha com forragens armazenadas. No entanto, se continuar a não chover os problemas vão surgir e médio prazo”.
De acordo a SIC Notícias, o dirigente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal diz que a falta de chuva inviabiliza a operação de “cobertura de estrume para adubar os campos”, e que seria um gasto de dinheiro em máquinas a regar os campos.
No entanto, Carlos Neves garantiu que os produtores de leite não estão de braços cruzados, estando planeadas conversações com agrónomos “para estudar soluções de antecipar sementeiras ou tentar utilizar variedades de plantas que precisem de menos água”.