Três câmaras alentejanas (Évora, Montemor-o-Novo e Vila Viçosa) estão a ser investigadas pelo Ministério Público no âmbito da cedência por parte das autarquias, dos autocarros camarários para manifestações da CGTP.
Os inquéritos foram abertos depois do Ministério Público ter recebido denúncias acusando as autarquias de peculato.
Os factos remontam a 10 de novembro, quando às portas da Assembleia da República, milhares de pessoas manifestavam-se contra o Executivo PSD/CDS, num protesto organizado pela CGTP. Entre os manifestantes, contavam-se vários funcionários das autarquias de Évora, Montemor-o-Novo e Vila Viçosa, que chegaram a Lisboa em autocarros cedidos pelas câmaras municipais.
Segundo a informação que nos chegou as denúncias foram feitas por um grupo de cidadãos, liderado pela sociedade de advogados Barros Sales & Associados.
Os documentos, apresentados a 3 de maio de 2016, são assinados por José Manuel de Barros Sales e por Manuel Luzes Sales.
Ao que a Rádio Campanário conseguiu apurar, os processos estão agora em fase de inquérito. O Ministério Público terá de analisar as denúncias, verificar os factos e pode, ou não, constituir arguidos e dar sequência ao processo.