O diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas José Dinis, estimou hoje que em Portugal é necessário realizar anualmente mais 1,2 milhões de rastreios ao cancro da mama, colo do útero e colorretal para abranger mais de 90% da população elegível até 2025.
O Alentejo retomou este programa de rastreio que estava parado desde 2019, no entanto, ainda não se alcançaram os níveis obtidos até à data.
“No rastreio do cancro do colo do útero, estima-se um défice de cerca de 200 mil convites [para rastreio] por ano e no rastreio do cancro do cólon e reto, é estimado um défice de cerca de 900 mil convites por ano” referiu o diretor.
José Dinis adiantou que os países devem estabelecer políticas nacionais alinhadas com as políticas europeias para atingir os objetivos propostos que serão objeto de monitorização europeia e que em Portugal já estão a ser analisadas estratégias para incentivar mais pessoas a aderirem ao rastreio, nomeadamente as que são acompanhadas fora do Serviço Nacional de Saúde, de acordo a “Saúde Mais”.
A diretora-geral da Saúde, também presente na iniciativa, defendeu que os rastreios oncológicos de base populacional “terão de ser melhorados, reforçados e acessíveis a toda a população” para cumprir o plano europeu.