A taxa de escolaridade do ensino superior da população residente entre os 30 e os 34 anos atingiu 44% no final de 2021, continuando a tendência crescente dos últimos anos, e mantendose acima da meta europeia de 40% assumida no âmbito da Estratégia Europa 2020, conforme nora de imprensa enviada à nossa redação.
Os últimos dados do INE conhecidos esta quarta-feira mostram uma taxa de escolaridade de 42% no último trimestre de 2021, correspondendo a uma taxa de escolaridade média anual de 44% relativa ao ano de 2021. Corresponde a um crescimento de 12 pontos percentuais em relação a 2015 e de 20 pontos percentuais quando comparado com 2010.
A publicação do INE relativa ao mercado de trabalho conhecida esta quarta-feira permite ainda verificar que a população empregada com ensino superior aumentou 13% entre 2020 e 2021, com 200 mil diplomados adicionais, passando de cerca de 1.45 para 1.65 milhões de trabalhadores com ensino superior.A taxa de escolaridade superior da população empregada, da totalidade das faixas etárias, aumentou para 34%, o que corresponde a um aumento de 9 pontos percentuais face a 2015. Mostra um aumento de 520 mil diplomados empregados no período 2015-2021. A mesma publicação indica que a taxa de desemprego entre licenciados voltou a atingir o valor mínimo de 5.3%, abaixo da média nacional de 6.6%, confirmando os benefícios da conclusão de ensino superior em termos de empregabilidade.Os dados agora divulgados permitem ainda avaliar a dispersão regional existente ao nível da escolaridade superior: • A Área Metropolitana de Lisboa apresenta a taxa de escolaridade mais elevada entre a população empregada no último trimestre de 2021, com 44% da população empregada com estudos superiores concluídos, seguida da região Centro (32%), da região Norte e Algarve (31%), da Região Autónoma da Madeira (27%), do Alentejo (26%) e da Região Autónoma dos Açores (22%). • Importa verificar que a tendência nacional positiva verificada desde 2015 é transversal a todo o território, com o Norte a registar o maior aumento (10 pontos percentuais), seguido do Algarve (9 pontos percentuais). Estes resultados confirmam o claro reforço da qualificação da população residente em Portugal nos últimos anos, em consonância com os mais recentes dados de diplomados e em associação com a prioridade política conferida ao alargamento efetivo da base social de apoio ao conhecimento e ao ensino superior.Em 2019/20, Portugal registou um novo máximo histórico no número de diplomados, com os estabelecimentos de ensino superior a emitirem 85.799 diplomas, mais 4.661 do que no ano letivo anterior. Este crescimento de 6% face ao ano anterior representa o quarto crescimento anual consecutivo e a taxa de crescimento anual mais elevada desde 2006/07. Entretanto, deve ainda ser salientado que foram admitidos 50.859 estudantes em 2021-2022 no ensino superior público através do Concurso Nacional de Acesso, encontrando-se agora concluídas todas as fases desta via de ingresso. Este número de colocados vem confirmar as estimativas apresentadas previamente pelo Governo que, consideradas todas as vias de ingresso, o número total de colocados no ensino superior público e privado em 2021-2022 seja superior a 100 mil estudantes, permitindo manter o crescimento do número de estudantes no ensino superior, que se verifica desde 2015 e atinge mais de 400 mil estudantes em 2020/21, enquanto eram 358 mil estudantes nos sectores público e privado em 2015.Estes resultados mostram uma efetiva democratização do acesso ao ensino superior, designadamente através das seguintes ações de política conduzidas nos últimos anos: • Celebração de “contratos de legislatura” em 2016 e em 2019, que possibilitaram aumentar o apoio continuado às instituições de ensino superior, estimulando uma crescente relação de confiança com os cidadãos e a sociedade; • Reforço da diversificação e especialização de diferentes perfis de oferta de ensino superior, designadamente através da valorização social do ensino politécnico, designadamente através de formações curtas iniciais (i.e., Cursos tecnológicos profissionais – CTeSP), em articulação com a formação inicial tradicional (i.e., licenciaturas e mestrados), assim como ao estímulo à coesão territorial através do conhecimento; • Adequação anual e gradual das regras de acesso ao ensino superior, com reforço de concursos especiais de acesso; • Reforço da cultura científica da população, incluindo o reforço continuado ao programa Ciência Viva e às suas redes de centros, escolas e clubes em escolas de todo o País; • Desenvolvimento sistemático de plataformas inovadoras em todo o País, combinando, articulando e diversificando formas de ensino, investigação e inovação e metodologias ativas de aprendizagem, envolvendo as instituições de ensino superior e os empregadores, públicos e privados, incluindo PMEs; • Redução efetiva da despesa das famílias com o ensino superior através da diminuição, desde 2019, do limite máximo do valor das propinas do ensino superior público em cerca de 20%; • Reforço do apoio social a estudantes carenciados, incluindo no valor das bolsas, no limiar de elegibilidade e no complemento de alojamento, para além do reforço do Programa +Superior para apoiar bolseiros no interior do País; • Reforço das condições para o alojamento de estudantes deslocados através da implementação do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), envolvendo IES e outras entidades, e incluindo o alargamento e diversificação da oferta através de camas protocoladas com autarquias, pousadas de juventude e hotéis e alojamentos locais