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Museu do Chiado com exposição “Soirée chez lui” dos artistas da FBAUL e da Universidade de Évora

Uma exposição sobre narrativas com paisagens povoadas, uma coletiva com fotografia e desenho e uma mostra com obras de estudantes e investigadores sobre Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) são inauguradas esta semana no Museu do Chiado, em Lisboa.

“Paisagens povoadas. Narrativas da coleção do MNAC (1850-1930)” é o título da exposição que é inaugurada na quarta-feira, às 18:00, e ficará instalada na zona Capelo Sul do Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC) até 28 de agosto.

Com curadoria de Maria de Aires Silveira, a exposição trata a estética da paisagem, em diálogo com a presença e intervenção humana na natureza, numa época – a década de 1850 – em que os alunos das Academias de Belas-Artes tomavam como modelo a natureza e a verdade na arte, e registavam, nos seus apontamentos artísticos, a descoberta do país, dos costumes e tradições.

“Em finais de oitocentos, a novidade consistia no registo dos valores atmosféricos, com [os pintores] Silva Porto e Marques de Oliveira, através de um novo conceito de representação da paisagem, entendido por [o escritor] Ramalho Ortigão, em 1883, como uma ´fórmula naturalista de arte moderna´”, recorda o museu, num texto da curadora sobre a nova mostra.

A exposição apresenta uma nova abordagem da coleção, a partir da representação da paisagem, com o objetivo de “despertar novos olhares, entre o verismo e o simbolismo, revelando a presença humana nos caminhos, no reencontro da felicidade pela natureza e no dramatismo cénico do sentimento”, aponta Maria de Aires Silveira.

Por seu turno, a exposição “Chiado, Carmo, Paris. ´Soirée chez lui´, desassossego e apropriação” é inaugurada na quinta-feira, às 17:00, a par da realização de uma conferência e lançamento de livro, no Jardim de Esculturas do MNAC.

A mostra “Soirée chez lui” cruza alguns dos referentes plásticos e semânticos de Columbano com a criatividade dos artistas da FBAUL e da Universidade de Évora.

Esta mostra acontece com mais duas, a segunda a inaugurar no mesmo dia, às 18:00 na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), e a terceira às 19:00 horas, no Museu Arqueológico do Carmo, todas elas parte de um projeto integrado na Temporada Portugal-França 2022 com ancoragem na Casa de Portugal, em Paris.

Trata-se da apresentação pública de obras de dezenas de estudantes, professores e investigadores do ensino artístico superior, no sentido do alargamento das potencialidades plásticas da obra de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929).

No âmbito internacional do projeto expositivo, artistas de Lodz, na Polónia, e de Florença, na Itália, abordam a interação entre as artes visuais e as artes performativas a partir de autores das respetivas culturas, nomeadamente a pintura “Chopin’s Polonaise”, de Teofil Kwiatkowski, e a escultura “Ofelia”, de Arturo Martini.

No mesmo dia, no período da tarde, realiza-se um ciclo de conferências no MNAC sobre a pertinência da obra de Columbano, incluindo o lançamento de um livro/catálogo com vários ensaios dedicados à obra do pintor português, assim como ao domínio das artes na esfera pública.

Serão oradores, entre outros historiadores de arte, o presidente da FBAUL, Fernando António Baptista Pereira, a diretora do MNAC, Emília Ferreira, a vice-presidente da FBAUL, Cristina Azevedo Tavares, a diretora do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora, Sandra Leandro, e o musicólogo e investigador Rui Vieira Nery.

Ainda esta semana, na sexta-feira, o MNAC irá também inaugurar a exposição “Zoom In Zoom Out”, às 18:00, uma coletiva de fotografia e desenho, com a curadoria de Isabel Calado, apresentando sete fotografias de Duarte Belo e sete desenhos de quatro artistas plásticos que com elas dialogam: António Faria, David Fossard, Inês Moura e Mimi Tavares.

Sobre a fotografia, a curadora realça a sua mensagem mais imediata: “Eis a realidade. Apesar de todas as suas mais recentes mutações, ela é uma imagem material que permanece ancorada no mundo externo, a que hoje por vezes chamamos o Outro”.

O desenho, por sua vez, “convoca mais facilmente o conceito de imagem mental”, acrescenta, distinguindo que “provém de um olho pensante e de um Eu sensível”.

A exposição “Zoom In Zoom Out” ficará patente até 22 de maio no MNAC, em Lisboa.

C/Lusa

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