Decorria o ano de 2009, quando o Salão Nobre dos Passos do Concelho da Câmara Municipal de Évora, recebia a cerimónia de apresentação da Concessão Baixo Alentejo, que previa a construção de 124 quilómetros de novas estradas e a exploração e conservação de 220 quilómetros já em serviço.
A cerimónia foi presidida pelo então Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, que visou ainda o lançamento da obra de conclusão do IP2 no Concelho de Évora (nó da Azaruja/S. Manços), um troço totalmente novo, com grandes benefícios para a cidade que assim veria boa parte do tráfego rodoviário com destino ao norte ou ao Baixo-Alentejo e Algarve a ser desviado de Évora.
Uma obra que viria a ser suspensa em 2011, pelo Governo de Passos Coelho, por constrangimentos financeiros.
No entanto, no âmbito da renegociação do contrato da subconcessão Baixo Alentejo, o projeto da A26/IP8 foi reformulado e foram retirados da subconcessão e cancelados os trabalhos de construção dos lanços da A26 entre Relvas Verdes e Grândola e entre Santa Margarida do Sado e Beja.
Assim, só foram retomadas em meados de 2015 e serão concluídas as obras de requalificação do IP2 entre São Manços e Castro Verde e de construção dos lanços da A26 entre Sines e Relvas Verdes e entre o IC1 e Santa Margarida do Sado e da Estrada Regional 2615 entre Sines e Santo André.
No entanto é uma obra que continua a não merecer o consenso de todas as forças partidárias.
À margem da cerimónia de início da construção da variante e de uma nova ponte sobre o Rio Degebe na Estrada Nacional 256 para substituir a Ponte do Albardão, que teve lugar em Reguengos de Monsaraz no passado dia 5 de agosto, o Deputado eleito pelo círculo de Évora do PSD, António Costa da Silva, declarou à Rádio Campanário que continua a achar que “não tínhamos que fazer um investimento naquela zona” porque “é uma obra megalómana”.
António Costa da Silva considera que o IP2 na ligação da A6 a S. Manços, “é uma obra que foi interrompida propositadamente porque basta passar por lá para perceber que estamos a falar na prática de uma autoestrada, era o que íamos ter ali e não IC, era uma verdadeira autoestrada, estamos a ter uma obra megalómana com dinheiros que não tínhamos para fazer um investimento naquela zona”.
“Parece-me claramente excessivo aquele investimento, e continua, na minha perspetiva, a não haver necessidade da concretização daquele troço”.
O Deputado acrescenta que “existem necessidades da melhoria da via, isso é uma coisa muito diferente, mas não temos a necessidade de construir até S. Manços uma autoestrada, isso não concordo”.