Segundo foi comunicado a Rádio Campanário, o Festival Internacional de Teatro do Alentejo (FITA) decorre de 5 a 14 de maio em 11 localidades alentejanas, organizado pela Lendias d’Encantar, e conta esta ano com forte presença de companhias espanholas e latino americanas.
Com a coordenação dramatúrgica Alfonso Zurro, este espetáculo nasceu da celebração do quinto centenário da primeira volta de circum-navegação do globo terrestre, liderada pelo Português Fernão de Magalhães, e mais tarde, pelo espanhol Juan Sebastián Elcano, subindo esta encenação ao palco do teatro Municipal Pax júlia em Beja, pelas 21h00.
Ainda neste primeiro dia será também representado “Paramos ou Morremos”, uma ópera em formato ‘audiowalk’ com libreto de Simão Luís, uma produção do Quarteto Contratempus que irá percorrer diversas ruas da cidade a partir das 22h30.
Por este festival irão passar companhias e artistas de teatro e de dança oriundos de sete países, sendo eles, Portugal, Brasil, Colômbia, Equador, México, Moçambique e Espanha, que este ano será o país convidado, numa estreia nesta nona edição do FITA.
Segundo António Revez, diretor artístico da Lendias d’Encantar, trata-se de “uma aposta clara no reforço da internacionalização, na criação de elos de ligação entre os dois países da Península Ibérica através da arte e da afirmação do festival no contexto da cultura ibero-americana”.
A cidade de Beja será o palco principal para este FITA, mas o festival irá contar com extensões em 10 municípios alentejanos, como Aljustrel, Arraiolos, Campo Maior, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Ponte de Sor, Santiago do Cacém, Viana do Alentejo e Vidigueira.
Além de “A Odisseia de Magalhães-Elcano”, virão também de Espanha as peças “Femmes”, pelo Centro Extremenho de Dança e Artes do Movimento, “Piano Blanco”, de Jimena González, que aqui propõe “uma pausa musical com um dos maiores ícones da história, Marilyn Monroe, e um encontro muito próximo com uma mulher que se busca a si mesma”, e “Criaturas Domésticas”, de Lucia Trentini, “uma experiência teatral que busca o contacto íntimo e o diálogo direto com o espectador”.
Já o Centro Dramático Galego trará ao Alentejo “Ás oito da tarde, cando morren as nais” [“Às oito da tarde, quando morrem as mães”, numa tradução livre], um texto de Avelina Pérez sobre “a busca da identidade individual, abrigada pela massa superficial e ignorante, que se gaba de saberes inúteis”, com encenação de Marta Pazosa.
O programa contará com mais espetáculos que poderá consultar aqui.
Fonte/Foto: Companhia de Teatro Lendias d’Encantar