O NERE associou-se à ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho, o IEFP e a Segurança Social reunira-se esta manhã, em Évora, para a realização de uma sessão de esclarecimento para as PME do Alentejo Central, com ofertas de emprego para trabalhadores ucranianos acolhidos na nossa região.
A Rádio campanário esteve presente e falou com delfina Marques, Vice-Presidente do NERE, que começou por nos referir “pareceu-nos bastante pertinente esta sessão formativa e bastante importante do ponto de vista das empresas, por um lado porque como é sabido as empresas têm uma falta enorme de mão de obra em todas as áreas e, por outro lado, e porque a situação desastrosa dos cidadãos ucranianos também exige rápida de integração no mercado de trabalho.”
Para a responsável do NERE “é importante juntar estes três organismos que são os pilares desta questão da integração das pessoas no mercado de trabalho.” Delfina Marques considera igualmente “que por parte dos empresários foram colocadas questões pertinentes, dúvidas comuns a todas as áreas de atividade e que ficaram esclarecidas.”
No que diz respeito às principais preocupações, a Vice-Presidente do Nere referiu “ficou traçado o perfil das pessoas que chegam ao Alentejo, são sobretudo mulheres, com idade compreendida entre os 30 e os 45 anos e com forção entre o 9º e o 12º ano de escolaridade” sublinhando ainda “são sobretudo mulheres com filhos e é importante as empresas perceberem qual é o perfil destas pessoas.”
Foi ainda abordada a questão da integração destas pessoas no sistema da segurança social e no sistema contributivo português assim como as obrigações a nível de contrato de trabalho.
Delfina Marques sublinha que “interessa acolher estas pessoas, mas interessa acolhê-las com dignidade e com o enquadramento legal previsto” destacando a contribuição ao nível do IEFP “com os apoios que as empresas podem usufruir no caso de contratarem estes cidadãos.”
No que diz respeito ao facto do Alentejo ser das regiões que tem menos desempregados inscritos, e questionada se esta articulação entre as várias entidades dará mais confiança a todos os que pretendam vir para o Alentejo, Delfina Marques refere “parece-me que os centros mais povoados, em primeira instância serão mais atrativos. Apesar do Alentejo estar com poucos cidadãos ucranianos, penso que os que temos, serão bem acolhidos e com dignidade, como é nosso apanágio e nossa característica.”