A proposta apresentada pelo PS de passagem da Península de Setúbal a uma NUTS II pode alterar substancialmente a distribuição dos fundos comunitários da Região Alentejo.
Esta temática está a deixar algumas preocupações aos municípios alentejanos para os quais o acesso a fundos comunitários é de extrema importância para o desenvolvimento dos seus processos.
À margem da inauguração do novo Centro Infante Dom Henrique, no PACT de Évora, a Rádio Campanário falou com Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara de Évora, que começou por nos referir “essa é uma proposta que está ainda a ser analisada e se vier a ser aprovada só se aplicará daqui a alguns anos.”
Ainda assim, o presidente da autarquia eborense salientou “o que é preocupante é que, por critérios meramente administrativos, o Alentejo perca o acesso a fundos comunitários, nos níveis que necessita neste momento, e que nesta fase do seu desenvolvimento continuam a ser absolutamente decisivos.”
Carlos Pinto de Sá espera que “reine o bom senso e que se mantenha o acesso aos fundos comunitários” convicto de que, mais importante do que ser a NUT A ou B “é garantir os níveis de acesso a fundos comunitários necessários para a região.”
No que diz respeito à verba de 250 milhões de euros já cabimentados no PRR para a Região Alentejo, e questionado se os mesmos são suficientes para o desenvolvimento da região, o presidente da Câmara Municipal de Évora refere “eu diria que o PRR não olhou bem para o Alentejo, precisávamos de mais verbas.”