O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros uma resolução que autoriza a Marinha a realizar despesa para a aquisição de uma plataforma naval, que está prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
De acordo com um comunicado do Conselho de Ministros “foi aprovada a resolução que autoriza a Marinha a realizar despesa para aquisição de uma plataforma naval, no âmbito da execução do Plano de Recuperação e Resiliência”.
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no capítulo dedicado ao Mar e ao desenvolvimento da chamada “economia azul”, prevê a criação de um “Centro de Operações de Defesa do Atlântico e Plataforma Naval” no valor de 112 milhões de euros.
De acordo com informação prestada à Lusa pelo Ministério da Defesa Nacional, a despesa hoje autorizada pelo Governo foi de 94,5 milhões de euros destinados a esta plataforma.
“O Centro de Operações de Defesa do Atlântico e a Plataforma Naval contribuirão para a preservação do valor dos serviços ecossistémicos e para a “Saúde dos Oceanos”, fazendo a defesa do meio e do território, mantendo a preservação das cadeias de valor das diversas indústrias oceânicas e reforçando a capacidade operacional e científica do país”, lê-se no PRR.
Com esta plataforma pretende-se ainda “reforçar as qualificações intermédias e superiores especializadas do setor naval, através da Academia do Arsenal, a qual integrará um Centro de Inovação e Experimentação”.
“Dadas as características de Portugal, com duas regiões autónomas, ultraperiféricas, e uma extensa área marítima sob jurisdição nacional no Atlântico, um desafio de grande relevância é a garantia de uma maior presença de conhecimento, controlo, vigilância, capacidade de resposta a acidentes humanos e ambientais, o que justifica a existência de um centro de operações de defesa do mar e de uma plataforma naval multifuncional”, acrescenta o Governo, no PRR.
Em informações disponibilizadas à Lusa, o Ministério da Defesa esclarece que a plataforma naval “destina-se a missões de natureza científica e de contributo para a proteção e vigilância dos oceanos” e a sua construção “deve integrar tecnologia de fronteira e estender as funcionalidades de um navio de vigilância oceânica e de investigação oceanográfica para outros cenários como os de emergência ou atividades de monitorização da ecologia do mar e integrando novos meios tecnológicos de observação, monitorização e intervenção oceânica, como sistemas robóticos aéreos ou submarinos”.
“Esta plataforma tem como objetivo a sua utilização nas seguintes áreas de atuação: operações de emergência, vigilância, investigação científica e tecnológica, assim como monitorização ambiental e meteorológica”, refere ainda o ministério.