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ORADA: “O setor das ervas está a crescer, no Alentejo e no País. Há mais produtores e área de exploração” diz Clara Lourenço, responsável pelo COOP4PAM(c/som)

Decorre este fim de semana a 7ªedição do Ervas & Companhia que se realiza  na Orada, concelho de Borba, e que tem como objetivo abordar a temática das plantas medicinais e aromáticas.

Na tarde deste sábado, realizou-se a iniciativa À conversa sobre “as nossas ervas” onde foi apresentado o projeto COOP4PAM.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com Clara Lourenço, da ADC Moura e coordenadora deste projeto.

Clara Lourenço começou por explicar à RC que “este é um projeto transfronteiriço que envolve as regiões do centro e Alentejo em Portugal e a Extremadura em Espanha” acrescentando que o mesmo tem como objetivo “em conjunto e juntando atividades de investigação experimental e transferência de conhecimento e uma componente mais de dinamização no setor económico, desenvolver o setor das plantas aromáticas na nossa região.”

Questionada se, no seu entender, as comunidades estão hoje em dias mais conscientes para as questões da sustentabilidade e para a sua importância, Clara Lourenço refere “ eu creio que sim, que as questões da saúde e da alimentação estão mais presentes hoje em dia nas opções de consumo” não deixando contudo de evidenciar que “este setor em particular está também ele próprio a crescer,  é um setor muito novo em Portugal mas está no bom caminho,  está a crescer em número de produtores e em área de exploração , nomeadamente na região do Alentejo.”

No que diz respeito ao projeto em si, a responsável sublinha “ ele tem vários destinos,  aquilo que se faz com as plantas não é apenas destinado à alimentação,  há também um grande dinamismo associado à área da cosmética , área dos detergentes  e portanto tem  uma ampla gama de aplicações possíveis.”

Segundo Clara Lourenço “há cada vez mais recurso às plantas  como matéria-prima e está a acontecer de maneira transversal aos vários setores , sendo uma grande oportunidade para a exploração em Portugal” destacando ainda que “o Alentejo, na área alimentar,  é bastante conhecido” acrescentando “a natureza muito baseada nas ervas aromáticas da própria gastronomia e todas as aplicações até na área da saúde, com as tradicionais mezinhas ,  sempre fez parte da cultura do Alentejo no entanto não era uma área que servia como uma atividade económica propriamente dita.”

“O que estamos a assistir agora é que há esse olhar estes recursos , que são ricos também numa perspetiva do seu cultivo e de serem tratados como produtos agrícolas e portanto é dessa dinâmica que estamos a falar e aí estamos no setor extremamente jovem,  com pessoas muito qualificadas e muito virado para a exportação “ concluiu a responsável pelo projeto.

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