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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“O número de cavaleiros por cartel devia ser repensado para o custo do bilhete ser menor” diz Ivan Nabeiro(c/som)

Ivan Nabeiro, neto do Comendador Rui Nabeiro, esteve durante muito tempo diretamente ligado à tauromaquia.

Atualmente integra o conselho de Administração do Grupo Nabeiro e apesar de já não se encontra no ativo no que diz respeito à pega de touros, está atento à forma como se vive a tauromaquia em Portugal.

À margem da visita da Casa da América Latina e os Embaixadores latino-americanos acreditados em Portugal ao Grupo Nabeiro – Delta Cafés, a Rádio campanário falou com Ivan Nabeiro sobre a Tauromaquia em Portugal.

Ivan Nabeiro começou por nos referir, no que diz respeito à retoma desta atividade depois de dois anos de pandemia, que “foram dois anos muito difíceis para a Tauromaquia, mas de qualquer forma, as corridas que existiram nestes dois anos, mesmo com máscara, o público teve sempre muita vontade de assistir e nós estamos a atravessar uma fase com muitos cavaleiros jovens e com muito valor.”

Para Ivan Nabeiro “Portugal está a atravessar, ao nível de valores, um momento fantástico, não só com cavaleiros mas também com forcados e como não poderia deixar de ser Ganadarias que transportam muita emoção à festa e trazem novamente a verdade da festa.”

A Pandemia deixou esta vontade no publico “o público está  ansioso , desejoso de voltar às corridas de touros e estou certo que  este ano vão existir em todo o país, muitas praças cheias.”

Questionado se, na sua opinião a Tauromaquia em Portugal tem que ser repensada, o neto do Comendador Rui Nabeiro refere “provavelmente, algumas corridas, nalguns momentos, terão que ser repensadas, pois pode haver alguma diversidade daquilo que chamamos a corrida tradicional portuguesa.” Ainda assim, sobre a forma de concretizar essas alterações, Ivan Nabeiro salienta “ser difícil, estamos habituados de uma forma, as mudanças são sempre muito difíceis, mas por vezes mudar não significa que vamos para pior.”

Para o atual membro do conselho de administração do Grupo Nabeiro, o importante “é continuar a dignificar o mundo do touro.  Acho que é a mudança é sempre bem vinda, desde que o público adira e se faça realmente a diferença na nossa tauromaquia.”

Questionado ainda sobre as mudanças necessárias, Ivan Nabeiro refere que, em sua opinião, elas podem passar desde logo “pelo número de cavaleiros por corrida, o número de touros lidados , dependendo do tipo de corrida, da localidade, do preço da corrida”.

Questionado se o número de cavaleiros por corrida devia ser maior ou menos, Ivan Nabeiro referiu “depende de cada caso concreto, uma vez que o número de cavaleiros por corrido vai interferir também no preço do bilhete  e com a economia que estamos a viver, começamos a ver que há menos valor disponível ao fim do mês para cada agregado familiar e isso também deve ser repensado pois, ainda que seja um pouco contra os fundamentalistas, a verdade é que há certas aldeias, certos corridas em  que as bancadas podiam ter mais gente e não o têm  pelo custo do bilhete.”

“Temos é que nos saber adaptar á nossa realidade” acrescentou ainda Ivan Nabeiro sublinhando de igual forma que “Na própria tauromaquia,  temos que aprender com os outros espetáculos” dando como exemplo “um espetáculo d e música hoje em dia não oferece apenas música, oferece uma festa antes e depois e secalhar é isso que o mundo da tauromaquia tem que pensar.”

Ivan Nabeiro conclui dizendo “podemos ir buscar as boas práticas de outros espetáculos culturais.”

 

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