A população de linces ibéricos continua a crescer e estabilizou em mais de mil animais em Portugal e Espanha, segundo o censo de 2021 divulgado hoje pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
Em toda a Península Ibérica, foram contados 1.325 exemplares de lince, 1.156 em Espanha e 209 em Portugal.
O núcleo de lince ibérico em Portugal está no vale do Guadiana, com 139 animais adultos ou jovens, dos quais 31 fêmeas reprodutoras que deram à luz 70 crias em 2021.
Em Espanha contam-se 12 núcleos, com a maior parte da população (519 animais) na zona da Andaluzia, seguida de Castilla-La Mancha (473) e Extremadura (164), onde há “comunidades autónomas com uma presença estável da espécie”.
A população de lince ibérico decresceu desde a década de 1950 e só começou a recuperar em 2004, quando a população na Península Ibérica subiu acima de 100 exemplares.
O ano de 2020 foi a primeira vez em que o número total de animais subiu acima de 1.000.
“A perseguição humana e a escassez de coelho-bravo foram as principais causas do declínio desta população, levando a espécie ao limiar da extinção”, recorda o ICNF.
O censo de linces ibéricos de 2021 foi realizado pelas adminustrações de conservação da natureza de Portugal e Espanha em conjunto com organizações não governamentais.
C/Lusa