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Herdade no Alentejo com hotel de cinco estrelas convida para Festival Barrocal Sound

Seis espetáculos preenchem o programa de um novo festival de música no Alentejo, que vai decorrer, na sexta-feira e no sábado, num antigo monte alentejano transformado em hotel de cinco estrelas, em Reguengos de Monsaraz (Évora).

O festival Barrocal Sound vai ter lugar em São Lourenço do Barrocal, uma herdade localizada na freguesia de Monsaraz, com 200 anos de história e onde, “em tempos, chegaram a viver 50 famílias”, indicou a organização.

A propriedade acolhe agora um empreendimento turístico – foi o primeiro hotel de cinco estrelas do concelho de Reguengos de Monsaraz e do Alqueva (inaugurado em março de 2016) – e, nestes dois dias do certame, vai “celebrar a música de raiz, de autor, diversa e de partilha”.

O ‘cartaz’ do festival, com dois palcos, inclui três atuações diárias, com concertos de Islandman, Sílvia Pérez Cruz & Farsa Circus Band e ainda Carlita, no primeiro dia, enquanto, no sábado, estão previstos espetáculos de Joep Beving, Anouar Brahem Quartet e Michael Mayer.

Nesta “fusão da música na natureza”, a organização disse acreditar que “a música pode ser o catalisador de uma atmosfera onde sons e imagens se fundem”.

“O Barrocal Sound surge num ambiente de contemplação, intimista, com dois dias de concertos em cenários únicos, que vão dos barrocais ao antigo colmeal, e junta sonoridades ancestrais com outras mais contemporâneas”, explicaram os organizadores.

Trata-se de “uma comunhão de instrumentos, vozes e pessoas que pretende ser uma referência no universo dos pequenos festivais de música”, assumiu a organização, que indicou que o passe de dois dias custa 280 euros.

Islandman é um trio eletroacústico que junta o produtor turco Tolga Boyuk, Eralp Güven e Erdem Baer, combinando “música eletrónica com o psicadelismo da Anatólia e ritmos xamânicos”, acrescentou o São Lourenço do Barrocal.

Sílvia Pérez Cruz é considerada “uma das vozes mais extraordinárias de Espanha”. Apesar de ter crescido a ouvir música pop, “foi na fusão do jazz com o flamenco e música clássica que encontrou o seu lugar”.

No festival alentejano, além de outros trabalhos anteriores, a artista vai apresentar “versões intimistas de canções do seu mais recente trabalho, ‘Farsa’”, acompanhada pela Farsa Circus Band, composta por vários músicos.

A DJ e produtora turca Carlita tem “um estilo próprio bem solidificado” e “leva a pistas de dança do mundo inteiro um caleidoscópio de sons e culturas em constante mudança”, desde influências da música pop israelita ao rock dos anos 90, do psicadelismo turco à cumbia.

O pianista holandês Joep Beving é apresentado como “uma sensação do mundo do ‘streaming’ clássico contemporâneo”, enquanto o músico tunisino Anouar Brahem, que vai atuar em formato quarteto no festival alentejano, é um mestre do ‘oud’, alaúde oriental tradicional.

Por seu turno, Michael Mayer, “enquanto DJ, produtor e ‘remixturador’, é uma das principais figuras da ‘dance music’, não só na sua Alemanha natal, mas no mundo inteiro”.

C/ Lusa

 

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