A região Alentejo poderá vir a beneficiar da água que se encontra nas pedreiras que estão desativadas, canalizando-a para o combate aos incêndios.
Esta poderá ser uma boa notícia considerando que estamos no Verão e esta é a época mais crítica para os Bombeiros Portugueses, este ano agravada pela situação de seca que se vive em Portugal.
À margem da comemoração dos 85 anos dos Bombeiros Voluntários de Vila Viçosa, a Rádio Campanário falou com José Ribeiro, Comandante Regional do Alentejo da Proteção Civil que, a este propósito, nos referiu “esse é um recurso de excepção que alguns corpos de bombeiros utilizam” acrescentando “é utilizado para, numa altura em que temos muita escassez de água pois as barragens estão muito vazias, por alguns corpos de bombeiros que já estão a utilizar esta e outras alternativas.”
Segundo o responsável pela Proteção Civil no Alentejo, para além da utilização que está a ser dada à água destas pedreiras desativadas, “há ainda Bombeiros que estão a utilizar sistemas de regas de agricultura.”
Para José Ribeiro “os bombeiros têm sabido encontrar ao longo do tempo alternativas para não sobrecarregar aquilo que é a rede pública e aquilo que é fundamental e que é o abastecimento público às populações.”
Relativamente ao número de charcas existentes no Alentejo, se as mesmas existem ou não em número suficiente, José Ribeiro salienta que “nesta fase, para aquilo que é a atividade dos meios aéreos ainda temos muitas opções, com a utilização das charcas de pequena dimensão para os helicópteros quer barragens de maior dimensão para os aviões.”
Segundo afirma o comandante “ainda temos resposta” acrescentando “felizmente apesar de ser um ano tão dramático no que diz respeito à escassez de água.”