O Comité de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) volta a reunir-se na próxima semana para analisar a evolução do surto de Monkeypox, que já atinge os 9.200 casos registados em 63 países.
“O Comité de Emergência para a Monkeypox vai voltar a reunir-se na próxima semana para analisar a tendência, a eficácia das contramedidas e emitir recomendações sobre o que os países e as comunidades devem fazer para atacar o surto”, anunciou hoje o diretor-geral da OMS, em conferência de imprensa.
Esta será a segunda reunião do comité para analisar a evolução da Monkeypox, depois de, no primeiro encontro, que decorreu no final de junho, os peritos terem considerado que a doença não representava uma emergência de saúde pública de preocupação internacional.
Na altura, a OMS tinha registado cerca de 3.000 casos de infeção em 47 países, um número que, segundo adiantou hoje Tedros Adhanom Ghebreyesus, mais do que triplicou desde então, passando para os atuais 9.200 notificados em 63 países.
De acordo com a organização, os especialistas de várias áreas que compõem o Comité de Emergência, que reúne por convocação do diretor-geral da OMS, vão avaliar o surto, com base em vários critérios como a evolução do número de casos, a gravidade da doença, a disseminação de infeções na comunidade e o comportamento do vírus.
Com base nesta avaliação, os peritos vão decidir se o surto cumpre os critérios para ser declarado como uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional (PHEIC, na sigla em inglês), o nível mais alto de alerta decretado pela OMS, e que foi determinado para a covid-19 em 2020.
A PHEIC é definida como “um evento extraordinário, grave, repentino, incomum ou inesperado”, com implicações para a saúde pública para além da fronteira nacional de um Estado afetado e que pode exigir uma ação internacional imediata.
Os últimos dados semanais da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados em 08 de julho, indicavam que em Portugal estavam confirmados 473 casos de infeção humana pelo vírus Monkeypox, reportados em todas as regiões do continente e na Madeira.
Segundo a DGS, uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.
Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.