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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Cáritas de Portalegre e Castelo Branco alerta para aumento de pedidos de ajuda

O presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco alertou hoje para o aumentou do número de pedidos de ajuda das famílias nos últimos tempos, defendendo uma resposta mais eficaz do Governo ao setor da ação social.

“Nós temos o agravamento das situações, há um número de pessoas que nos tem procurado mais nos últimos tempos”, disse à agência Lusa Elicídio Bilé.

“Há pessoas que estão a trabalhar, mas constituem novas formas de pobreza, ou seja, são pessoas que tendo trabalho não têm rendimentos para conseguir suprir as dificuldades que estão a passar”, acrescentou.

A inflação, o aumento dos preços dos bens de consumo e a guerra na Ucrânia, situação que provocou a vinda de refugiados para Portugal, são alguns dos fatores apontados para o agravamento dos casos de pobreza pelo presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco.

“Aumentou o número de pessoas que nós apoiávamos com regularidade. Nós andávamos, em Portalegre, na ordem das 50 pessoas que apoiávamos com regularidade e, agora, temos um número maior”, indicou.

No futuro, Elícidio Bilé defende uma posição “mais eficaz” por parte do Governo, lamentando, no entanto, que não se observe no terreno “nada de palpável” em relação aos apoios para a ação social.

“Com as verbas que estão a chegar do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), da Europa, nós ainda não vimos nada de palpável para os apoios sociais e não tem a ver só com dinheiro, tem a ver com estruturas, com funcionamento do Estado na ação social concreta”, disse.

“O que temos visto são respostas dadas avulso, não de uma forma organizada que dê uma resposta a uma boa organização do setor social”, acrescentou.

Elícido Bilé, que lamentou que o setor social viva nesta altura “descapitalizado e com muitas dificuldades”, garantiu que, apesar das adversidades, a Cáritas “não vai deixar ninguém para trás”, procurando “apoios e parcerias” para dar respostas às populações.

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