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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Francisco Palma: “A voz e o poder económico que o Alentejo tem não se reflete no poder político” (c/ som)

Foto: Rádio Campanário

Francisco Palma é o presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo (AABA) e, em 2021, dedicou uma crónica ao investimento estrangeiro que é feito no Alentejo, elencando um conjunto de problemas e de desafios. A Rádio Campanário falou com o agricultor e quis saber qual é, um ano depois das palavras que escreveu, o cenário da região.   

“Sim, claro”. É de forma perentória que Francisco Palma responde quando questionado se o Alentejo continua a merecer a atenção de investidores estrangeiros e fundamenta que este facto se deve à sua dimensão e às características climáticas. São estas condições que fazem com que exista, na opinião do bejense, “muito investimento estrangeiro e muito investimento nacional” na área agrícolas, na agroindústria e no setor do turismo.

No entanto, nem tudo são rosas, e na opinião do representante dos agricultores do Baixo Alentejo há um problema estrutural na região que “é a falta de pessoas“. Refere, no entanto, que há oportunidades criadas nos últimos anos, como os blocos de rega do Alqueva, que podem atrair jovens que queiram trocar o meio urbano por um meio mais rural. “É o princípio de um caminho que o Alentejo tem vindo a fazer e que, de alguma forma, vai fazer com que o Alentejo se venha a afirmar como região estratégica para o país”, remata.

Palma não tem dúvidas ao afirmar que, além da falta de pessoas, a falta de representatividade de deputados alentejanos na Assembleia da República faz com que a “voz do Alentejo e o poder económico que o Alentejo tem” não se reflita num poder político.

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