As condições climáticas que Portugal viveu, sobretudo na semana de 11 de julho, aliadas ao descuido, voluntário ou involuntário de qualquer cidadão, criavam as condições perfeitas para que deflagrassem alguns incêndios. As regiões Norte, com o incêndio de Murça (Vila Real), Centro, com os incêndio de Ourém (Santarém) e Sul, com os incêndios de Palmela e Montemor o Novo, são apenas algumas que foram fustigadas pelas chamas.
Ano após ano a tragédia repete-se: chega o verão e os incêndios voltam consumir hectares de mato e a aterrorizar populações que, muitas das vezes, têm de ser evacucadas. Até à data, já morreram em Portugal três pessoas por causa dos incêndios, uma delas era o piloto André Serra que pilotava o avião anfíbio Fire Boss no combate às chamas em Urros, Torre de Moncorvo, e as outras duas um casal de idosos que fugia do incêndio de Murça.
Ano após ano, os portugueses interrogam-se sobre como é que deflagram tantos incêndios e, às vezes, em condições que até nem são favoráveis como são os casos de incêndios que deflagram durante a noite. Quer tenham sido de origem natural ou não, há factos que são irrefutáveis: a GNR já deteve este ano mais de meia centena de pessoas por suspeitas de fogo posto nas florestas portuguesas.
Até ao dia 15 de julho, a GNR já tinha efetuado 53 detenções por incêndio florestal, mais uma que no período hómologo do ano anterior. A última detenção aconteceu, hoje, quando a GNR de Castelo Branco intercetou um homem de 19 anos, pelo crime de incêndio florestal, no concelho da Covilhã.