O Festival Sudoeste, cuja música regressa esta quarta-feira à Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar (Odemira), espera “perto de 25 mil pessoas por dia” para uma edição que promete “ser memorável”, avançou hoje a organização.
“É emocionante ver que o público tinha saudades [e que] toda a gente está feliz, com vontade de estar com amigos. Já montaram o acampamento, há o convívio, as refeições e a ida para a praia e está tudo a postos para amanhã [quarta-feira] começarem os concertos”, disse o promotor do festival, Luís Montez.
Em declarações à agência Lusa, o responsável revelou que são esperadas “perto de 25 mil pessoas por dia” no recinto do festival, cujo cartaz musical vai ‘desfilar’ a partir de quarta-feira e até sábado, estando reunidas “as condições” para uma “edição memorável”, neste regresso do Sudoeste, após o cancelamento devido à pandemia de covid-19.
Para isso, a aposta da organização não recai apenas no cartaz musical, mas sobretudo “no acampamento, no convívio, na viagem, nos amigos, nas idas à praia, nos escaldões, nas histórias para contar durante o ano”, afiançou.
“É engraçado que há aqui repetentes que montam a tenda há anos no mesmo sítio, que já conhecem os cantos à casa e voltaram a estar todos juntos”, além de haver “muita gente nova” que vai ao festival pela “primeira vez”, realçou Luís Montez, aplaudindo “o espírito de solidariedade e de comunidade” dos festivaleiros.
Segundo o promotor, desde o passado sábado, quando o campismo abriu, o movimento “não para” e a toda hora “estão a chegar” mais jovens ao recinto da Herdade da Casa Branca, que já esta terça-feira oferece a habitual receção ao campista, com atuações de Nelson Cunha, Dirty Sound Boys, Conguito e DJ Xicocas.
“Tenho aqui clientes há mais de 900 dias com o bilhete na mão, o que é um feito”, sublinhou Luís Montez, acrescentando que o Festival Sudoeste “teve 8% de pedidos de devolução por causa da pandemia” de covid-19.
Para receber os festivaleiros, a organização garantiu “algumas novidades” no recinto, nomeadamente “rede 5G, internet gratuita, compactação de plásticos, cartão e papel através de energia solar, pagamentos por mbway e uma grande frutaria”, além das ofertas habituais, como o supermercado, lavandaria e cozinha comunitária.
O “transporte gratuito e permanente para a praia” da Zambujeira do Mar é igualmente garantido diariamente, com a disponibilização “de 20 autocarros, entre as 09:00 e as 19:00”, e o acesso “ao canal que está também aberto, entre as 09:00 e as 19:00, com seis nadadores-salvadores”, acrescentou.
Os concertos no recinto, distribuídos por quatro palcos, arrancam, na quarta-feira, com Stckman, DJ Oder, M3dusa, Chico da Tina, Pedro Sampaio, ProfJam, Lewis Capaldi, Morat, Ana Lua Caiano, Domingues, Eurico e Kappa Jotta.
Para o dia seguinte, estão agendadas as atuações de Major Lazer, Timmy Trumpet, Vil, Pierce, Laura, Xtinto, Beatriz Rosário, Morad, PTA Slowmow, Rafaell Dior, Tay e Jovem Dionísio, enquanto, na sexta-feira, sobem ao palco DJ Barata, DJ Xandy, Zinco, Join One & Yung Juse, Calema, Deejay Telio, Masego, Steve Aoki, Estraca, Jão, Soraia Ramos e Melim.
O festival termina, no sábado, com Maurice West, Liam Cole, Chá de Funk, 9Miller, Bispo, Shouse, Aragão, Ivandro, Os Intencionais, Sippinpurpp, Ckay e Rex Orange County.
“Neste momento, é uma tendência mundial a música latina e temos aqui desde o Pedro Sampaio, Melim, Jovem Dionísio e o Jão, do Brasil, temos também os Morat (Colômbia) e Morad, que é um rapper de Madrid”, explicou Luís Montez.
O responsável destacou também o concerto de Rex Orange County: “É aquela banda que não vou perder” e “é o artista mais promissor que temos no cartaz” deste ano, disse.
Nos quatro dias, haverá também o Criadores de Tik Tok Show, um espetáculo, com direção artística de Cifrão, no qual “os maiores TikTokers nacionais se juntam para um momento de dança único”.
Além de bares em zonas de alimentação, o festival inclui máquinas de ‘vending’ (venda de comida e bebida) disponíveis 24 horas por dia.