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PCP acusa PSD de “oportunismo político” com tema das pragas em Évora

O PCP de Évora acusou hoje o PSD local de utilizar o tema das pragas urbanas com “vincado oportunismo político” e de prejudicar “a imagem e a economia” da cidade com uma situação que “não corresponde à realidade”.

Em comunicado, a Comissão Concelhia de Évora do PCP considera que a ocorrência de pragas urbanas em cidades é um “fenómeno comum e que deve ser mitigado”, mas critica o PSD por utilizar o tema com “vincado oportunismo político”.

O PCP refuta e lastima as declarações a órgãos de comunicação social de alcance nacional, prestadas por diversos responsáveis políticos, em particular do PSD, passando a imagem de uma cidade invadida por ratazanas, baratas e pombos”, afirma.

Para os comunistas, esta imagem “não corresponde à realidade” e o PSD “presta um péssimo contributo para a promoção turística e desenvolvimento económico da cidade”, prejudicando comerciantes e empresários e a candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura.

Em causa está um comunicado assinado pelo presidente da União de Freguesias de Évora, Francisco Branco de Brito, eleito por uma coligação liderada pelo PSD, em que exige a “desinfestação urgente” do centro histórico, devido à alegada proliferação de pragas.

Na terça-feira, em declarações à Lusa, o autarca alertou que a proliferação de pragas no espaço público, como ratazanas, baratas ou pombos, está a “tornar-se um problema de grande dimensão” e reiterou a necessidade de “desinfestação urgente”.

Já o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), também em declarações à Lusa, recusou alarmismos, alegando que “não é uma situação generalizada”.

É uma situação que decorre fundamentalmente do tempo que estamos a viver, porque não chove e está muito calor”, sustentou, assegurando que o município “faz regularmente intervenções de desinfestação” na cidade.

No comunicado, o PCP de Évora realça que a câmara municipal “já veio a público informar que não se observa na cidade qualquer tipo de fenómeno anormal” e que foram realizadas pelos serviços municipais “40 intervenções nos últimos 30 dias”.

Adicionalmente, já foi adjudicada uma aquisição de serviços externos especializados, no valor de 19.990 euros, para desbaratização e desratização nas redes públicas de saneamento”, adianta.

Sobre a necessidade de um sistema separativo nos esgotos do centro histórico, que foi apontada pelo presidente da união de freguesias, o PCP de Évora aponta que a sua implementação “custaria mais de 20 milhões de euros.”

Os comunistas lamentam que “os sucessivos governos PS, PSD e CDS tenham adotado políticas que impedem os municípios de apresentar candidaturas para aceder a fundos para a renovação das redes de água e saneamento”.

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