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Montemor-o-Novo – O Espaço do Tempo tem 100 mil euros para distribuir por quatro bolsas de criação!

As candidaturas ao programa de Bolsas de Criação do Espaço do Tempo, de Montemor-o-Novo (Évora), estão abertas desde hoje e até 07 de outubro, com 100 mil euros para distribuir por quatro projetos de artes performativas.

“Lançamos hoje a 3.ª edição do programa de Bolsas de Criação do Espaço do Tempo, com o apoio do BPI e da Fundação ‘La Caixa’, uma ferramenta de apoio à criação nas artes performativas, tentando dar resposta à criação mais inovadora”, anunciou a estrutura cultural, em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a estrutura O Espaço do Tempo, ainda dirigida pelo coreógrafo Rui Horta, as candidaturas estão abertas até 07 de outubro e os resultados divulgados no 25 desse mês.

O júri é composto por Maria João Guardão, Pedro Barreiro, Gaya de Medeiros, John Romão e Rui Horta, acrescentou o Espaço do Tempo, frisando que, com o apoio dos patronos, o BPI e a Fundação “La Caixa”, há 100 mil euros para distribuir pelos quatro projetos que ganharem bolsas.

As Bolsas de Criação O Espaço do Tempo, que visam um estímulo à criação nas áreas da dança, teatro, performance e cruzamentos disciplinares, foram lançadas em 2020.

Em declarações à agência Lusa, Rui Horta realçou hoje que “a mudança” desta edição face às anteriores é o facto de os promotores terem decidido ter, “em vez de cinco, quatro bolsas” e, assim, “dar mais dinheiro a cada” vencedor.

“Damos 25 mil euros a cada bolsa, damos também as duas últimas semanas antes da estreia [para residência nas instalações de O Espaço do Tempo] e fazemos a estreia em Montemor-o-Novo”, nos palcos da estrutura cultural, destacou.

Antes, a estreia das obras na cidade alentejana que acolhe a estrutura cultural fundada por Rui Horta há mais de duas décadas “não era obrigatória”, mas agora passa a ser.

“Achamos que é essencial dar mais visibilidade ao território e, portanto, esta foi a decisão tomada em conjunto com os nossos parceiros”, argumentou.

Por outro lado, continuou o coreógrafo, também “é fantástico” porque as companhias que ganhem as bolsas “passam a ter uma data oficial de estreia”, o ET Fest, cuja 1.ª edição vai decorrer este ano, em novembro.

“O que lhes permite concorrer a outros apoios que exigem uma data oficial de estreia, nomeadamente a Direção-Geral das Artes”, continuou.

O ET Fest “arranca este ano com algumas estreias e antestreias, mas, no ano que vem, serão as quatro estreias no âmbito das bolsas e ainda duas outras obras em estreia, mas internacionais”, revelou Rui Horta à Lusa.

A propósito deste novo festival, o coreografo justificou que o objetivo é “criar um ponto de visibilidade para a dança no território do Alentejo”.

As Bolsas de Criação do Espaço do Tempo estão abertas a artistas nacionais ou residentes em Portugal e os interessados podem aceder a mais informação, regulamento e à ficha de inscrição em https://oespacodotempo.pt/bolsas/.

C/ Lusa

 

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