O Festival imaterial que decorre em Évora desde o passado dia 1 de outubro prossegue com a apresentação da programação preparada para a edição deste ano.
Hoje, pelas 16h no Palácio Dom Manuel, Paulo Lima regressa na companhia de José Moças para apresentação do livro “SEVERA 1820”, uma edição comemorativa do duplo centenário do nascimento de Maria Severa Onofriana (1820-1846) e dos Dez Anos da inscrição do Fado na lista representativa do património cultural imaterial da UNESCO (2011-2021). Um trabalho no qual se cruza a história e a reflexão crítica sobre o Fado, canção de Lisboa.
O ciclo de conferências encerra pelas 18h no Palácio Dom Manuel, com o contínuo apartheid na música internacional. Colonialismo e racismo nos mass media, com Ian Brennan e Marilena Umuhoza Delli.
A música continua a ser presença assídua no Imaterial. Hoje, recebe os sons da Occitânia com os Barrut, pelas 19h no Pátio da Fundação Inatel. Sete cantores e um percussionista que encontram a fonte para as suas magnéticas e selváticas canções nas polifonias vocais da região francesa da Occitânia. Com uma poesia muito própria e acreditando que a sua música deve surgir de um processo de criação partilhado, os Barrut invadem-nos os sentidos sem esperar permissão.
Pelas 21h30, chegam ao Palácio Dom Manuel os sons da Coreia do Sul com Soona Park. Nascida no Japão, foi nesse país que primeiro contactou com o gayageum, um instrumento de cordas de tradição coreana, semelhante ao guzheng chinês ou ao dàn tranh vietnamita. A sua música vive tanto do extraordinário domínio técnico do gayageum, quanto da sua técnica particular, buscando a reverberação e a exploração das características mais líricas do instrumento.
O Imaterial é um projeto com organização da Câmara Municipal de Évora/DCP, cidade candidata a Capital Europeia da Cultura em 2027, em parceria com a Fundação Inatel e direção artística de Carlos Seixas.