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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Alterações Climáticas: “Água e ondas de calor em risco máximo no concelho; a tendência é piorar” diz Pres. da CM de Vila Viçosa(c/som e fotos)

 

O Alentejo Central é uma das regiões do país mais vulneráveis às alterações climáticas.

Sendo esta uma questão que está na ordem do dia, na sequência de um Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Alentejo central, a Cimac , com o apoio dos EEA Grantes, está a promover o projeto ADAPTA.LOCAL.CIMAC, que suporta a elaboração de Planos Municipais para todos os Municípios da região, onde se i9nclui Vila Viçosa.

Esta tarde, realizou-se no salão dos Bombeiros de Vila Viçosa, uma apresentação do Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas de Vila viçosa.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com o Presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, Inácio Esperança que começou por nos referir “trata-se do plano das alterações climáticas do nosso concelho e que tem a ver com uma estratégia definida já há alguns anos, nomeadamente desde 2015, com base numa norma europeia que entretanto surgiu.”

Segundo o Autarca “pouco a pouco os municípios têm estado a elaborar os seus planos, no Distrito de Évora o concelho piloto com este plano foi Évora e agora os restantes estão a elaborar os planos no âmbito desta candidatura com a CIMAC.”

O Edil avança ainda que já foi concluída a terceira fase do plano, estando agora a iniciar-se a quarta fase explicando “até aqui foi feito um estudo estatístico do concelho , temperaturas, precipitação, tragédias climáticas ou incidentes naturais, estando agora a ser apresentado esse levantamento e ao mesmo tempo uma projeção até 2100.”

Neste plano, refere “ estão explanados quais são os riscos identificados no concelho e que, caso nada seja feito, podem acontecer, para que possamos ao nível do Município, das pessoas e das entidades tomar medidas para reduzir os riscos.”

Questionado quais os riscos mais preocupantes para o concelho de Vila Viçosa, Inácio Esperança refere “água e ondas de calor, onde estamos no risco máximo com tendência para piorar” explicando “não corremos grandes riscos na questão das cheias ou de catástrofes, deslizamentos ou outros.”

Esta questão preocupa o executivo que está a dar passos no sentido de ouvir a população, nomeadamente os jovens, para acolher sugestões que possam mitigar os riscos existentes e traçar um plano para os próximos 10 anos, no mínimo, canalizando para aí algum investimento municipal e sensibilizando as pessoas que esse deve ser o caminho.

O concelho todo tem vulnerabilidades ao nível das alterações climáticas mas, segundo Inácio Esperança, a freguesia de Pardais é “na questão das ondas de calor e do stress hídrico aquele que vai sofrer menos.”

Uma das vulnerabilidades identificadas prende-se com a questão da seca onde apesar de a situação atual não ser preocupante pode agravar-se, em especial nas freguesias de Ciladas e Bencatel tal como nos adiantou o Autarca que refere que nestas projeções “podemos passar de 0,2 para 0,9, que ainda não sendo em termos nacionais valores de espantar, têm alguma importância.”

Esta questão justifica, como refere “que em paralelo, com a questão da água, sejam tomadas medidas como por exemplo não permitir determinado tipo de culturas que façam stress do solo, com grandes consumos de água.”

Inácio Esperança conclui referindo que tem a certeza que as pessoas estão sensibilizadas para este tema referindo “eu penso que já toda a gente se mentalizou que é necessário fazer alguma coisa na área das alterações climáticas, o Município já está a fazer, quer ouvir a população , para que este não seja apenas o Plano da Câmara Municipal mas sim o Plano do Município e dos Munícipes.”

 

 

 

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