O Processo de Candidatura de Vila Viçosa a Património Mundial continua a ser desenvolvido pelo Município de Vila Viçosa, agora numa candidatura conjunta com a Fundação da Casa de Bragança, tal como hoje foi anunciado.
Mas há duas outras instituições que se revelam de extrema importância para este processo, nomeadamente o Exército Português e as Forças Armadas e a Igreja.
Nas recomendações emitidas pela Unesco em dezembro do ano passado era feita referência que devia ser aprofundado o tema do culto mariano como reforço ao projeto de candidatura, sendo este tema considerado neste momento como o nicho da própria candidatura.
A Rádio Campanário falou com o Cónego Francisco Couto sobre esse novo envolvimento da Igreja neste processo.
Francisco Couto começou por nos referir “a igreja está disponível como tem estado ao longo de todo o processo , agora um pouco mais próximo pois já tivemos algumas reuniões com o Arquiteto.”
O Cónego Francisco Couto congratula-se “ por saber que Vila Viçosa nasce não só á sombra dos Bragança mas daquilo que foi a sua vivência de fé e que Vila Viçosa se constrói à volta dos Bragança e de Nossa Senhora da Conceição” acreditando que “esse foco pode trazer-nos a alegria de um desenvolvimento positivo.”
Questionado se no seu entender o facto de ser uma candidatura conjunta a fortalece, Francisco Couto refere “considero que ser uma candidatura conjunta fortalece o processo pois se há quem conheça a história da implantação dos Bragança em Vila Viçosa é a Fundação e também é ela que tem todo o seu legado e muito do seu património faz parte da candidaturas.”
Para o Sacerdote “são duas instituições intensas”. No que diz respeito à Igreja e com as atenções viradas neste processo de candidatura para o Culto Mariano, “a igreja na globalidade e o santuário terão que se reestruturar” o que já está a ser feito como nos refere “já estamos a tentar melhorar e recuperar estruturas no edifício do santuário, a devoção à imaculada está viva pois temos tido um acréscimo de peregrinações ao santuário .”
Francisco Couto conclui referindo “o culto à virgem Maria tem o seu lugar na história de Portugal e isso trará benefícios a esta candidatura mas sobretudo para a fé.”