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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

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O SELO NUNCA VAI DEIXAR DE EXISTIR COMO TRANSMISSÃO DE CULTURA DIZ JOÃO SOEIRO

 

A Rádio Campanário conversou com João Soeiro, Presidente da Confraria Timbrológica Meridional Álvaro Bóino de Azevedo, no âmbito da 27ª Exposição Nacional Ebora 2022 e vice-presidente da Federação Portuguesa de Filatelia, que celebra os 500 anos do correio em Portugal. A iniciativa é fruto de uma organização conjunta entre o clube local, Federação, Câmara Municipal e os correios de Portugal.

Do ponto vista postal, daquilo que hoje conseguimos reconhecer do serviço postal, envio de correspondência, o nascimento formal foi aqui em Évora. Évora está intimamente ligada aos correios, daí o sentido de oportunidade da exposição.”, diz João Soeiro.

A exposição reúne coleções particulares de todo o percurso dos correios desde os primórdios até os dias de hoje. Segundo Soeiro este evento constitui “Um acervo documental histórico impressionante”. Estão aqui expostos aproximadamente 420 quadros. Muito dificilmente conseguiríamos ter noutro sítio um espaço que pudesse albergar esta coleção.” afirma João Soeiro, justificando a opção da organização pela praça de touros para a realização da exposição.

O presidente informa que o documento mais antigo é uma carta de D. Manuel com cinco séculos de existência, demonstrando-se satisfeito pelo facto de existirem particulares que investem na conversação deste tipo de artigos: “Felizmente ainda temos colecionadores particulares e pessoas que conseguiram preservar a história. Doutra forma seria muito difícil termos estes documentos neste estado de conservação e serem vistos pelo público de uma forma transversal”.

Apesar do panorama atual em que a correspondência e a comunicação têm sofrido transformações profundas, sobretudo nos últimos 30 anos, em que os cidadãos recorrem a meios alternativos de comunicação como a internet, João Soeiro defende que “O selo terá sempre uma função. Quanto mais não seja uma função cultural, comemorativa e haverá sempre pessoas que irão usar a correspondência formal. No dia-a-dia uso muito e-mails, mas faço questão de expedir cartas e que as mesmas sejam seladas. Estou convencido que o selo nunca vai deixar de existir, porque é meio de transmissão de cultura e conhecimento”.

 

 

 

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