Hugo Guerreiro, coordenador da candidatura do Figurado de Estremoz na Lista Representativa de Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO), afirma que o processo, que ontem comemorou cinco anos, permitiu “Salvar os bonecos da extinção durante as próximas décadas”.
De acordo com o responsável pelo Plano de Salvaguarda dos Bonecos de Estremoz, nos últimos cinco anos os barristas certificados passaram de oito para 13, sendo que o número “pode duplicar em poucos anos”.
Durante a cerimónia, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Estremoz, Hugo Guerreiro salientou que este “é um dos processos de salvaguarda mais bem-sucedidos no país”, tendo permitido que fossem impedidos exageros que levassem à descaracterização dos Bonecos. “Combatemos a turistificação do nosso património imaterial”.
O coordenador da candidatura destaca ainda a grande colaboração dos barristas e da sociedade civil no projeto e frisa: “As entidades nacionais e internacionais olham-nos com outros olhos.”
A classificação da “Produção de Figurado em Barro de Estremoz”, vulgarmente conhecida como “Bonecos de Estremoz”, foi decidida na 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, em 2017, numa cerimónia que decorreu na Coreia do Sul.
{gallery}estremoz figurado{/gallery}