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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Proteção Civil emite novo alerta à população para risco de inundações e deslizamentos de terras!

No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado hoje, 24 de dezembro, pelo Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil, a previsão meteorológica para as próximas horas aponta para o agravamento do estado do tempo devido à precipitação prevista para os distritos de Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Viseu, Guarda e Castelo Branco, sendo expetável que o período mais crítico se verifique entre as 00h e as 12h do dia 25 de dezembro.

De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), podem ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis:

− Bacia do Lima – Na sub-bacia do rio Vez haverá um aumento das afluências que poderão provocar inundações nas povoações ribeirinhas em Arcos de Valdevez.Poderão ocorrer também inundações em Ponte da Barca e Ponte de Lima, zonas ribeirinhas;

− Bacia do Cávado – As afluências às barragens da Caniçada e Salamonde serão elevadas. Poderão ocorrer inundações em Braga, Barcelos e no rio Este (Braga).

− Bacia do Douro – As afluências a Crestuma poderão aumentar, face ao aumento de caudais do Tâmega, poderá ser necessário efetuar descargas caso as afluências ao Torrão aumentem. As afluências de Espanha também poderão aumentar, face à precipitação prevista para esta bacia, em território espanhol.

− Bacia do Vouga – Poderá ocorrer uma subida do rio Águeda, caso se verifiquem as precipitações a montante; 

− Bacia do Mondego – Poderá ocorrer um aumento das afluências ao baixo Mondego;

Bacia do Tejo e Sorraia – As previsões de precipitação em Espanha não indicam nenhum aviso. Há previsões de precipitação na bacia portuguesa do Tejo, poderá haver um aumento de caudais, mas sem impacto.

Em função das condições meteorológicas presentes e previstas é expectável:

− Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;

− Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;

− Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;

− Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;

− Piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.

Assim a Proteção Civil recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:

− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;

− Não se expor às zonas afetadas pelas cheias;

− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;

− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;

− Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais;

− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;

− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;

− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;

− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

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