A Quercus, através do núcleo Regional de Portalegre, a maior associação de defesa de ambiente nacional segue muito de perto a temática da Central de Almaraz lutando pelo encerramento desta Central Nuclear, que fica situada junto ao rio Tejo, na província de Cáceres, em Espanha, numa zona que faz fronteira com Portalegre.
A Central de Almaraz tem tido incidentes com regularidade, existindo situações em que já foram medidos níveis de radioactividade superiores ao permitido, sendo uma preocupação constante para a Quercus.
José Janela, Presidente do Núcleo Regional de Portalegre da Quercus, em declarações à Rádio Campanário refere que esta Central ” é a mais antiga e prevê-se que o seu encerramento ocorra em 2027.”
A Quercus defende que “devia encerrar antes para que deixasse de constituir perigo para a região da estremadura Espanhola e também para as zonas mais próximas junto à fronteira com Portugal, como é o caso de Portalegre.”
José Janela refere que “ao haver um acidente nuclear são centenas de quilómetros à volta que são afetados através das radiações” reforçando que a Quercus-Núcleo Regional de Portalegre “continuamos muito atentos à situação em articulação com os nossos congéneres espanhóis integrados no movimento ibérico anti nuclear .”
Questionado pela Rádio Campanário sobre os passos que estão a ser dados pelo Núcleo sobre esta temática, José Janela explica “integrámos a caravana pela justiça climática onde o principal foco é a questão nuclear e fizemos contacto com os Eurodeputados portugueses para que não considerem a energia nuclear como fazendo parte do pacote verde.”
A Quercus- Núcleo regional de Portalegre considera ainda que Portugal pode vir a ser afectado, caso ocorra um acidente grave, quer por contaminação das águas, uma vez que a central se situa numa albufeira afluente do rio Tejo, quer por contaminação atmosférica, pela grande proximidade geográfica existente.
